
Sabe o
dia que nos conhecemos? Que já rolou um clima, mas a gente achou que ia ficar
por ali? Sabe a primeira vez que ficamos?
Que a
gente achou que aquele perfume diferente não ia sair da mão e na verdade não
teria problema nenhum se não saísse? Sabe a primeira vez que saímos juntos? Que
nossos amigos pareciam ter mais certeza de nós dois do que nós
mesmos?
E aquele
dia que você tinha que ir embora cedo, mas acabou quase virando a noite comigo?
Você lembra? Como seria nosso primeiro ano se nós dois não tivéssemos dispostos
a mudar o rumo de nossas vidas planejadas? Olhando pra trás, aqueles planos
solitários não fazem tanto sentido mais não é mesmo?
Você se
lembra do dia que você me deu um presente e eu só sabia ficar com vergonha
porque eu estava recebendo alguma coisa que tinha sentimento além de algo
material? Além disso tudo, também me lembro dos nossos primeiros
conflitos.
Coisas
bobas, coisas pesadas… Machucados e arranhões em formato de palavras e atitudes.
Porém nós sempre tivemos o melhor remédio de todos. O diálogo. Aquele santo
remedinho que mexe na ferida, cutuca, dói, tira lágrimas, mas depois
cura.
E tem
também aquele segundo melhor remédio. O remédio da mudança. Os primeiros erros
nós corrigimos e nos fortalecemos. Aquela boa e velha busca incansável de nos
tornarmos melhores um pro outro. Eu sei que você tem defeitos que eu não
conheço. E eu sei que eu tenho defeitos que ainda não
demonstrei.
Mas tudo
que quero é que eu esteja preparado para tratar desses defeitos e erros para que
eles não se repitam ou não te machuquem mais. Eu não sou o mesmo. Você também
não. Agora sei que você não gosta de Talento Branco, mas adora Ouro
Branco.
Eu
acredito que estou pronto pra discutir sobre qual sabor de suco comprar pra
nossa dispensa. Pode ter certeza. Vou me esforçar pros meus erros não te
machucarem mais.
Escrito
por: Felipe Alvarenga, via: Diálogos de Boteco
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