sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Rinite Alérgica: Na primavera, cuidado!

Rinite Alérgica: Na primavera, cuidado!
Pode ser definida por uma inflamação na parte interna do nariz. O diagnóstico é obtido através de exame clínico, pelo médico. A rinite alérgica pode ocorrer em qualquer idade, mas em geral aparece na época da adolescência, principalmente entre 12 e 15 anos de idade. Os sintomas são de obstrução nasal, coriza em geral aquosa, e espirros, normalmente em cadeia. Às vezes a pessoa dá mais de 10 espirros de uma só vez! Também é comum apresentar coceira nas asas do nariz, ou mesmo no céu da boca. Algumas pessoas têm "coceira" na garganta, acompanhada de irritação, além de vermelhidão e lacrimejamento nos olhos. A pessoa também pode apresentar a sensação de ouvido entupido, devido ao acúmulo de secreção nas trompas de Eustáquio, que são pequenos tubos que ligam as vias nasais com o ouvido. Outras manifestações da rinite alérgica são as dores de cabeça e queixa de fadiga, pois muitas vezes a pessoa não consegue dormir bem devido à obstrução nasal. Existem dois tipos de rinite alérgica: a sazonal e a perene. A sazonal é aquela que varia conforme a estação do ano. Assim sendo, pessoas alérgicas ao polem vão apresentar os sintomas de rinite na primavera. Se a pessoa tem alergia de mofo, em geral vai apresentar os sintomas no inverno, quando o tempo é mais frio e úmido. Já a alergia perene é aquela que dura o tempo todo, sem relação com a estação do ano, como aquela causada por poeira domiciliar, que pode atacar o ano todo. A rinite apresenta uma forte relação com sinusite. Sinusite é a inflamação das pequenas cavidades que temos nos ossos do rosto. Existem várias causas de sinusite, mas a sinusite causada por rinite alérgica é muito freqüente, por volta de 70% dos casos. O que acontece é que, quando a pessoa tem rinite, há uma produção exagerada de secreção e essa secreção acaba se acumulando nos seios da face, provocando os sintomas de dor de cabeça, que pode ser na região da testa ou atrás dos olhos, conforme o seio da face que for acometido. A dor de cabeça é pior principalmente pela manhã, quando a pessoa se levanta. Um fator que contribui para a piora da rinite alérgica é sem dúvida a poluição do ar. A melhor maneira de se fazer o diagnóstico de rinite alérgica sazonal é através da história do paciente e o exame físico feito pelo médico. É importante fazer um bom exame físico para se eliminar outras causas de rinite, como obstruções nasais causadas por pólipos, desvio de septo ou infecções nasais. Também é preciso fazer distinção entre resfriados e rinites alérgicas. Em geral o resfriado dura poucos dias, já a rinite dura vários dias, até mesmo meses. Outra diferença é que a mucosa que reveste o nariz em geral se apresenta pálida e acinzentada na alergia e as secreções são bem aquosas e claras. Um achado muito comum nas rinites é a presença de células chamadas eosinófilos ao exame das secreções nasais da pessoa alérgica. Para saber realmente qual é o tipo de substância que está provocando a alergia, é necessário fazer um teste alérgico. Normalmente são injetados na pele da pessoa os possíveis alergenos e depois irá se notar se houve reação a algum deles. Uma maneira mais precisa é a dosagem de anticorpos IgE no sangue, para cada tipo de alergeno diferente. Para os casos mais graves de rinite, que não melhoram com os antihistamínicos e descongestionantes, são usados medicamentos mais fortes, à base de corticoides, que devem ser prescritos pelo médico. Como esses medicamentos causam certos efeitos colaterais, eles devem ser cuidadosamente controlados pelo médico. Uma outra forma de tratamento são as vacinas antialérgicas. Em geral são dadas 2 vezes por semana, por vários meses. As doses vão sendo aumentadas, até que a pessoa se torne dessensibilizada pelo agente que a causa alergia. Sem dúvida nenhuma, um dos fatores que precisam ser evitados é aquele gerado pelo ambiente. Se a pessoa sabe que tem alergia a determinado alergeno, procure não se expor a ele. O uso de ar condicionado com filtros ajuda a manter um ar livre de pólem e esporos do ar, que muitas vezes são os responsáveis pela alergia. Não se esqueça: procure seu médico!

O tempo perdoa tudo


Se alguém mata uma pessoa, e consegue escapar da polícia, mantendo-se fora do alcance da lei por um longo período, o crime prescreve. Ou seja, vinte anos depois do delito cometido, fica extinguida a punibilidade do criminoso por o Estado não tê-lo julgado e condenado em tempo hábil. Agora pense bem: se até a Justiça admite que depois de os ânimos serenarem ninguém precisa mais de castigo, talvez a gente também devesse suspender a pena daqueles que cometeram crimes contra o nosso coração.
Mágoas entre pais e filhos, por exemplo. Não tem nada mais complicado do que família, você sabe. Amor à parte, os desentendimentos são generalizados, e às vezes uma frustração infantil segue perturbando a gente até a idade adulta. Seu pai nunca lhe deu um abraço? É um crime fazer isso com uma criança, mas é preciso prescrevê-lo. Vinte anos depois, não dá para continuar usando essa justificativa para explicar porque você usa drogas ou porque não consegue ser afetuoso com os outros. Cresça e perdoe.
Você jurou que nunca mais iria falar com aquele seu amigo que lhe dedurou no colégio? Olha, eu também acho que deduragem é falta de caráter, e você teve toda a razão de ficar danado da vida. Mas quanto tempo faz isso? O cara agora está jogando futebol no seu time, tem sido um companheirão, e você segue não baixando a guarda por causa daquela molecagem do passado. Releve e chame o ex-inimigo para tomar uma cerveja, por conta dos novos tempos.
Ai, agora é dureza. Ele foi o amor da sua vida. Chegaram a noivar. Você já estava comprando o enxoval quando o cara terminou tudo. Por telefone. Não deu explicação: rompeu e desligou. Na semana seguinte foi visto enrabichado numa bisca. Você deseja ardentemente que ambos caiam numa piscina lotada de piranhas famintas. Apoiado. Mas faz quanto tempo isso? Você já casou, ele já casou, aquela bisca não durou nem duas semanas. Por que ainda fingir que não o vê quando o encontra num restaurante? É bandeira demais ficar tanto tempo magoada. E a tal da superioridade, onde fica? Dê um abaninho pra ele.
Se quem estrangula e degola recebe o perdão da sociedade depois de duas décadas, os pequenos criminosos do cotidiano também merecem que a passagem do tempo atenue seus delitos. Não cultive rancor. Se não quiser mais conviver com quem lhe fez mal, não conviva, mas não fique até hoje armando estratégias de vingança. Perdoe. Vinte anos depois, bem entendido.
_Martha Medeiros_ Cronista Jornal Zero Hora

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Doze dicas para ter um infarto feliz


1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias;
2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder, também aos domingos;
3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde;
4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem;
5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc…
6. Não se dê o luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes;
7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro;
8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se de que você é de ferro;
9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo;
10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego, e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo;
11. Se tiver dificuldades em dormir, não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.
12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis. Repita para si: eu não perco tempo com bobagens!
_Dr. Ernesto Artur - CARDIOLOGOISTA_

Às vezes...


Às vezes as pessoas que amamos nos magoam,
e nada podemos fazer senão continuar nossa
jornada com nosso coração machucado...
Às vezes nos falta esperança, mas alguém
aparece para nos confortar...
Às vezes o amor nos machuca profundamente,
e vamo-nos recuperando muito lentamente
dessa ferida tão dolorosa...
Às vezes perdemos nossa fé; então descobrimos
que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar, é nossa razão de existir...
Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino...
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas,
e a solidão aperta nosso coração pela falta
de uma única pessoa...
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer,
nos faz querer parar de viver, até que algo toque
nosso coração, algo simples como a beleza de
um pôr-do-sol, a magnitude de uma noite estrelada,
a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto;
é a força da natureza nos chamando para a vida...
Você descobre que as pessoas que pareciam
ser sinceras e receberam sua confiança,
te traíram sem qualquer piedade...
Você entende que o que para você era amizade,
para outros era apenas conveniência, oportunismo...
Você descobre que algumas pessoas nunca disseram
eu te amo, e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram; descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez e agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero, poderá ajudá-las a reconstruir
um coração quebrantado....
Assim, ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu...
São fatores importantes:
a) a relação com a família...
b) as condições econômicas nas quais se desenvolveu (dificuldades extremas ou facilidades
excessivas formam um caráter)...
c) os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento...
d) seus sonhos, ideais e objetivos...
Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se
de estar entregando seu coração para alguém que
dê valor aos mesmos sentimentos que você dá...
Manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, esteja aberto a algumas alterações,
mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa
te deixar, então nada irá lhe restar...
Aproveite ao máximo seus momentos de felicidade; quando menos esperamos, iniciam-se
períodos difíceis em nossas vidas...
Tenha sempre em mente que, às vezes, tentar
salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento
não for recíproco, pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso,
do que teria sido no passado...
Pode ser difícil fazer algumas escolhas,
mas muitas vezes isso é necessário...
Existe uma diferença muito grande entre
conhecer o caminho e percorrê-lo...
Não procure querer conhecer seu futuro antes
da hora, nem exagere em seu sofrimento; esperar
é dar uma chance à vida para que ela coloque
a pessoa certa em seu caminho...
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna....
A felicidade pode demorar a chegar, mas o
importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem, como acontece com muitas
pessoas que cruzam nosso caminho...
_Luiz Fernando Veríssimo_

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

É primavera...!


Desiderata

Siga tranquilamente, entre a inquietude e a pressa,
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.

Tanto quanto possível, sem se humilhar,
mantenha boas relações com todas as pessoas.

Fale a sua verdade mansa e claramente e ouça a dos outros,
mesmo a dos insensatos e ignorantes,
pois também eles tem sua própria história.

Evite as pessoas escandalosas e agressivas;
elas afligem o nosso espírito.

Se você se comparar com os outros,
você se tornará presunçoso e magoado,
pois haverá sempre alguém superior
e alguém inferior a você.

VOCÊ É FILHO DO UNIVERSO,
IRMÃO DAS ESTRELAS E ÁRVORES.
VOCÊ MERECE ESTAR AQUI.

E mesmo sem você perceber,
a Terra e o Universo vão cumprindo seu destino.

Desfrute das suas realizações, bem como dos seus planos.

Mantenha-se interessado em sua carreira,
ainda que humilde, pois ela é um ganho real
na fortuna cambiante do tempo.

Tenha cautela nos negócios,
pois o mundo está cheio de astúcia;
mas não se torne um cético, pois a virtude sempre existirá.

Muita gente luta por altos ideais
e em toda parte a vida está cheia de heroísmos.

Seja você mesmo.
Principalmente, não simule afeição,
nem seja descrente do amor,
porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto,
ele é tão perene quanto a relva.

Aceite com carinho o conselho dos mais velhos
e seja compreensivo com os
arroubos inovadores da juventude.

Alimente a força do espírito,
que o protegerá no infortúnio inesperado,
mas não se desespere com perigos imaginários.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão,
e, a despeito de uma disciplina rigorosa,
seja gentil para consigo mesmo.

Portanto, esteja em paz com Deus,
como quer que você O conceba.

E quaisquer que sejam seus trabalhos
e aspirações na fatigante confusão da vida,
mantenha-se em paz com sua alma.

APESAR DE TODAS AS FALSIDADES,
FADIGAS E DESENCANTOS,
O MUNDO AINDA É BONITO!

SEJA PRUDENTE: FAÇA TUDO PARA SER FELIZ !!!

domingo, 18 de setembro de 2011

Como preparar o chimarrão


PREPARANDO O CHIMARRÃO 


Coloque a erva, preenchendo cerca de 3/4 da cuia. Incline-a um pouco e abafe com a mão em diagonal.



Coloque água morna com muito cuidado e com a cuia inclinada, e deixa a erva absorver toda a água.



Ainda com a cuia inclinada, coloque a bomba devagar. Deve-se tapar com o dedo o bico da cuia na inserção.

 

Arrume a bomba conforme o seu gosto, não esquecendo de virar o bico da bomba para o lado de fora da cuia.


Pronto! Agora é só saborear o seu autêntico CHIMARRÃO.

Os 10 mandamentos do chimarrão

Apesar de simples e informal, a roda de chimarrão tem suas regras. Verdadeiros mandamentos, que devem ser respeitados por todos. Se você é iniciante ou está redescobrindo o costume, observe esses pontos relacionados com boa dose de humor:

1- NÃO PEÇAS AÇÚCAR NO MATE
O gaúcho aprende desde piazito o porquê o chimarrão se chama também mate amargo ou, mais intimamente, amargo apenas. Mas se tu és de outros pagos, mesmo sabendo, poderá achar que é amargo demais e cometer o maior sacrilégio que alguém pode imaginar nesse pedaço do Brasil: pedir açúcar. Pode-se por água, ervas exóticas, cana, frutas, cocaína, feldspato, dollar, etc... mas jamais açúcar. O gaúcho pode ter todos os defeitos do mundo, mas não merece ouvir um pedido desses. Portanto, tchê, se o chimarrão te parece amargo demais, não hesites, pede uma coca-cola com canudinho. Tu vais te sentir bem melhor.
2- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO É ANTI-HIGIÊNICO
Tu podes achar que é anti-higiênico por a boca onde todo mundo põe. Claro que é. Só que tu não tens o direito de proferir tamanha blasfêmia em se tratando de chimarrão. Repito: pede uma coca-cola de canudinho. O canudo é puro como a água de sanga (pode haver coliformes fecais e estafilococos dentro da garrafa, não nele).
3- NÃO DIGAS QUE O MATE ESTÁ QUENTE DEMAIS
Se todos estão chimarreando sem reclamar da temperatura da água, é porque ela é perfeitamente suportável por pessoas normais. Se tu não és uma pessoa normal, assume tuas frescuras (caso desejes te curar, recomendamos uma visita ao analista de Bagé). Se, porém, te julgas perfeitamente igual aos demais, faze o seguinte: vai para o Paraguai. Tu vai adorar o chimarrão de lá.
4- NÃO DEIXES UM MATE PELA METADE
Apesar da grande semelhança que existe entre o chimarrão e o cachimbo da paz, há diferenças fundamentais. Como o cachimbo da paz, cada um dá uma tragada e passa-o adiante, já o chimarrão não. Tu deves tomar toda a água servida até ouvir o ronco da cuia vazia. A propósito, leia logo o mandamento abaixo.
5- NÃO TE ENVERGONHES DO "RONCO" NO FIM DO MATE
Se, ao acabar o mate, sem querer fizer a bomba "roncar", não te envergonhes. Está tudo bem, ninguém vai te julgar mal-educado. Esse negócio de chupar sem fazer barulho vale para a coca-cola com canudinho que tu podes até tomar com o dedinho levantado (fazendo pose de assumida).
6- NÃO MEXAS NA BOMBA
A bomba de chimarrão pode muito bem entupir, seja por culpa dela mesma, da erva ou de quem preparou o mate. Se isso acontecer, tens todo o direito de reclamar. Mas por favor, não mexas na bomba. Fale com quem te passou o mate ou com quem lhe passou a cuia. Mas não mexas na bomba, não mexas na bomba e, sobretudo, não mexas na bomba.
7- NÃO ALTERE A ORDEM EM QUE O MATE É SERVIDO
Roda de chimarrão funciona como cavalo de leiteiro. A cuia passa de mão em mão, sempre na mesma ordem. Para entrar na roda, qualquer hora serve, mas depois de entrar, espera sempre a tua vez e não queiras favorecer ninguém, mesmo que seja a mais prendada prenda do estado.
8- NÃO CONDENES O DONO DA CASA POR TOMAR O PRIMEIRO MATE
Se tu julgas o dono da casa um grosso por preparar o chimarrão e tomar ele próprio o primeiro mate, saibas que o grosso és tu. O pior mate é o primeiro, e quem toma está te prestando um favor.
9- NÃO DURMAS COM A CUIA NA MÃO
Tomar mate solito é um excelente meio de meditar sobre as coisas da vida. Tu mateias sem pressa, matutando... E às vezes te surpreendes até imaginando que a cuia não é cuia, mas o quente seio moreno daquela chinoca faceira que apareceu no baile do Gaudêncio... Agora, tomar chimarrão numa roda é muito diferente. Aí o fundamental não é meditar, mas sim integrar-se à roda. Numa roda de chimarrão, tu falas, discutes, ris, xingas, enfim, tu participas de uma comunidade em confraternização. Só que essa tua participação não pode ser levada ao extremo de te fazer esquecer a cuia que está na tua mão. Fala quanto quizeres mas não esqueças de tomar o teu mate que a moçada tá esperando.
10- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO DÁ CÂNCER NA GARGANTA
Pode até dar. Mas não vai ser tu, que pela primeira vez pega na cuia, que irás dizer, com ar de entendido, que o chimarrão é cancerígeno. Se aceitaste o mate que te ofereceram, toma e esqueces o câncer. Se não der para esquecer, faz o seguinte: pede uma coca-cola com canudinho que ela etc... etc...
PÉRCIO DE MORAES

Comidas típicas do gaúcho


O minuano que atravessa o Rio Grande do Sul no inverno, é tão forte que congela os pampas e castiga os gaúchos, somente com uma alimentação rica em calorias, repletas de carnes gordas, carreteiros bem fortes e sopas quentes, dão ânimo para enfrentar um frio tão intenso.
    O churrasco é o prato típico do gaúcho, presente nos finais de semana e em dias festivos. O arroz "carreteiro" também compõe a tradicional cozinha gaúcha. Outros pratos, como o feijão mexido (feijão misturado com farinha de mandioca), o quibebe (purê de moranga), a "roupa velha" ( sobras de carnes com ovos mexidos), o espinhaço de ovelha", o charque com mandioca, a paçoca de pinhão com carne assada, a couve refogada, o arroz com galinha, o "puchero" (cozido de carne com legumes) e o peixe, fazem parte da culinária rio-grandense. Além disso, os pratos feitos por gaúchos caçadores envolvem perdizes, patos e animais de médio porte, como a cutia e o capincho.
Churrasco
Ingredientes:


2 quilos de contra-filé, picanha ou costela (a carne com uma camada de gordura)
1 colher (sopa) de sal
Salmoura ou sal grosso

Modo de fazer:
Atravessar a carne com um espeto (também poderá ser assado em grelha) e colocar na churrasqueira para assar. Preparar uma salmoura com um copo de água e sal. Quando a carne começar a corar, borrifar repetidas vezes com este tempero. A carne também poderá ser temperada com sal grosso, seco, colocando sobre a mesma, aproximadamente 1 hora antes de ir para o fogo. A carne deverá ter no mínimo 3 cm de espessura e, quanto mais espessa for, mais de longe deverá ser assada. O churrasco não poderá secar e deverá ficar com a sua água natural ou um pouco sangrando, conforme o gosto. O churrasco poderá ser feito em braseiro de carvão ou também em fogo de lenha comum, mesmo com labareda, de acordo com as condições de momento. No primeiro caso, colocar o espeto no sentido horizontal, sobre o braseiro e, no segundo caso, o espeto deverá ser disposto verticalmente (ficando no chão) da maneira a receber apenas o calor das labaredas.
Arroz carreteiro 
 

Ingredientes:

200g de charque 
4 colheres (sopa) de óleo 
5 dentes de alho picados
1 cebola grande picada
4 tomates picados
3 pimentões picados
350g de arroz 
sal a gosto

Modo de Preparo: 
Leve ao fogo uma panela com água até ferver. Adicione a carne e deixe por meia hora. Retire do fogo, escorra a água e corte a carne em pedaços pequenos. Em uma panela, aqueça o óleo, junte o alho, a cebola, o tomate e o pimentão. Deixe cozinhar por cerca de 8 minutos, mexendo de vez em quando. Em seguida, junte o arroz, um pouco de água fervente e deixe cozinhar por 15 a 20 minutos. Adicione sal, se necessário.
Sagu ao vinho tinto
 

Ingredientes:
1 xícara de sagu 
4 xícaras de água 
3 xícaras de vinho tinto 
1 xícara de açúcar 
1 pau de canela 
4 cravos-da-índia 

 Modo de Preparo: 
Coloque para ferver a água em uma panela. Assim que estiver fervendo, coloque o sagu e cozinhe em fogo baixo por cerca de 30 minutos misturando sempre para não grudar no fundo da panela. Em outra panela coloque o vinho, cravo e canela e ferva por 10 minutos. Despeje a mistura de vinho na panela com o sagu e cozinhe até que as bolinhas do sagu estejam transparentes. Se necessário, acrescente água fervente aos poucos. Assim que o sagu estiver cozido, acrescente o açúcar. Ferva por um minuto e retire do fogo. Sirva com creme de leite batido.






SÍMBOLOS CÍVICOS do Rio Grande do Sul


Bandeira
 
 
    
História
    
      A bandeira do Rio Grande do Sul tem sua origem nos desenhos de rebeldes durante a Guerra dos Farrapos, em 1835, mas sem o brasão de armas até então. Sua autoria é controversa; alguns apontam Bernardo Pires, enquanto outros apontam José Mariano de Mattos. A bandeira foi oficializada como bandeira do estado em 5 de janeiro de 1966, já com o brasão de armas na parte central.

Significados

     Não há um consenso sobre o significado das cores da bandeira riograndense. Algumas fontes alegam que as cores simbolizam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra. Há outras que afirmam ser a bandeira uma combinação do rubroverde da bandeira Portuguesa com o aurivermelho da bandeira espanhola, o que faria todo o sentido em uma região de fronteira entre essas duas potências coloniais; há que se salientar, todavia, que à época da Revolução Farroupilha, as cores nacionais de Portugal eram o alviceleste, símbolo da monarquia, e que só mudaria para o rubroverde mais de meio século depois.
     A versão mais aceita é de que o verde e o amarelo representa o Brasil e a faixa vermelha representa o sangue, a república e a liberdade.
 
Liberdade, igualdade e humanidade
    
     Sabe-se que o lema escrito na bandeira do estado, tanto quanto os símbolos, estão diretamente ligados à Maçonaria, haja vista que a elite gaúcha militar e política à época da Guerra dos Farrapos era, em sua maioria, maçônica. 
 
 
Escudo de Armas (Brasão de Armas)
 
 
     O brasão possui uma elipse vertical em pano branco, onde está inserido o brasão. Circundado por um lenço nas cores do estado. Sob o brasão, Lê-se o lema "Liberdade, Igualdade, Humanidade". Lema esse que tem origem na Maçonaria e na Revolução Francesa. No centro está um barrete frígio, um símbolo republicano desde a queda da Bastilha.
      O brasão rio-grandense é o mesmo da época dos farrapos com algumas pequenas modificações. Por isso possui a inscrição "República Rio-Grandense", junto com a data do início da Revolução Farroupilha, 20 de setembro de 1835, data amplamente comemorada no estado.
     Acredita-se que foi desenhado originalmente pelo padre Hidelbrando e em arte final pelo Major Bernardo Pires.
     O Brasão foi adotado pelo mesmo decreto que instituiu o Hino e a Bandeira do Estado.
     Decreto estadual nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966.
 
Hino Rio-Grandense
 
Oficializado pela Lei 5.213, de 5.1.1966
Letra: Francisco Pinto da Fontoura
Música: Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha
Harmonização: Antônio Corte Real
 
Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.

Estribilho:
Mostremos valor, constância,
nesta ímpia e injusta guerra,
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.

Mas não basta pra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.

sábado, 17 de setembro de 2011

Semana Farroupilha _ Dia do Gaúcho


O mês de setembro tem uma grande importância para o Rio Grande do Sul. 20 de Setembro é a data máxima do Estado e do nosso povo. Neste dia, em todos os recantos, os gaúchos reverenciam a Revolução Farroupilha – marco da história e da formação política da sociedade rio-grandense – suas causas e ensinamentos.
O Movimento Tradicionalista do Rio Grande do Sul surgiu no ano de 1947, a partir da criação do Departamento Tradicionalista organizado por estudantes da famosa Escola Pública Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, liderado por João Carlos Paixão Cortes.
Em Porto Alegre, neste período, se ergue, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, entre prédios residenciais e públicos, uma espécie de vila, com cerca de 400 barracas e galpões de madeira, denominada “Ronda Crioula”. Completando 61anos, desde 1947 a Ronda Crioula reúne integrantes de CTGs – Centros de Tradições Gaúchas, piquetes e milhares de pessoas, que visitam o local, e celebram a data, ao redor do fogo de chão, com churrasco e chimarrão, poesia, música e dança, relembrando a história e contando causos.
Como ponto máximo, encerrando as comemorações, os desfiles a cavalo ou em charretes reúnem em todo o Estado milhares de gaúchos, trajando as vestimentas típicas – os homens: bombachas, botas, lenços e chapéus de aba larga; as mulheres: vestidos de prenda, rodados e coloridos, e com belas flores nos cabelos.

25 toques para ser feliz


1. Seja ético
A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores
profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.

2. Estude sempre e muito.
A glória pertence aquele que tem um trabalho especial para oferecer.

3. Acredite sempre no amor
Não fomos feitos para a solidão.
Caso tenha se separado, curta a dor, mas se abra para outro amor.

4. Seja grato a quem participa das suas conquistas.
O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em
equipe. Agradecer
é a melhor maneira de deixar todos motivados.

5. Eleve suas expectativas
Pessoas com sonhos grandes obtém energia para crescer.
Os perdedores dizem: "Isso não é para nós".
Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.

6.Curta muito a sua companhia
Casamento dá certo para quem não é dependente.
Aprenda a viver feliz!

7. Tenhas metas claras
A história da humanidade é cheia de vidas desperdiçadas.
Ter objetivos evita o desperdício de tempo, energia e dinheiro.

8. Cuide bem do seu corpo
Alimentação, sono e exercícios são fundamentais para uma vida saudável.
Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para que os
outros gostem também.

9. Declare o seu amor
Cada vez mais as pessoas devem exercer seu direito de buscar o que querem
(sobretudo no amor), mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.

10. Amplie os relacionamentos profissionais
Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.

11. Seja simples
Retire de sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.
Crie espaço para desfrutar mais a viagem da vida.

12. Mulher, não imite o modelo masculino
Os homens fizeram sucesso à custa da solidão e da restrição aos
sentimentos.
O preço tem sido alto: infartos e suicídios.
Sem dúvidas, temos mais a aprender com as mulheres do que vocês conosco,
reserve a sensibilidade feminina - é mais natural e lucrativa.

13. Tenha um orientador
Viver é decidir na neblina sabendo que o resultado só será conhecido quando pouco restar a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e bem sucedido, para lhe orientar nas indecisões.

14. Jogue fora o vício da preocupação
Viver tenso e estressado está virando moda.
Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis.
Bobagem! Defina suas metas, conquiste-as e deixe a neura para quem gosta dela!

15. O amor é um jogo cooperativo
Se vocês estão juntos, é para jogar no mesmo time.
Ficar mostrando dificuldades do outro ou lembrando suas fraquezas para os amigos não tem graça.

16. Tenha amigos vencedores
Campeões falam de e com campeões. Perdedores só tocam na tecla perdedores.
Aproxime-se de pessoas com alegria de viver e afaste-se de gente baixo-astral, que seca até espada-de-são-jorge.

17. Diga adeus a quem não merece.
Não gaste vela com mau defunto.

18. Resolva
A pessoa do próximo milênio vai limpar de sua vida as situações e problemas desnecessários.
Saiba tomar decisões, mesmo as antipáticas. Você otimizará seu tempo e seu trabalho. A Vida fluirá muito melhor.

19. Aceite o ritmo do amor
Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém
está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o
começo de muita frustração.

20. Celebre as vitórias
Compartilhe o sucesso, mesmo pequenas conquistas, com pessoas queridas.
Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.

21. Perdoe
Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz.
Todo mundo erra, a gente também.

22. Tenha ídolos
Uma pessoa que você admira é uma fonte de inspiração.
Ajuda a tomar decisões e a evitar desvios de rota.

23. Arrisque!
O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa sozinho só terá de decidir que pizza pedir. E o único risco que corre será o de engordar.

24. Tenha uma vida espiritual
Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer.
Ore antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma.
Oração, meditação são forças de inspiração.

25. Planeje uma mudança
Os arquitetos gostam de conhecer bem as pessoas e discutir o projeto antes
de começar a obra. Fazer tudo de supetão leva a desgastes desnecessários.
A melhor ação é a análise do novo projeto de vida.
(Roberto Shinyashiki)

Amizade talvez seja isto...


Considero-me um dos teus melhores amigos, e até que a recíproca é verdadeira, por tudo o que já fizeste, sorriste e choraste por mim.
Mas não tenho o direito de exigir que confies cegamente em mim, não tenho o direito de saber tudo a seu respeito, não tenho tempo de roubar o seu tempo, não tenho o direito de interferir em teus caminhos, não tenho o direito de chantagear-te com minha bondade, não tenho o direito de exigir que chores primeiro em meu ombro, que corras primeiro em minha direção, não tenho o direito de reclamar pelas verdades que não disseste, e nem pelos segredos que me ocultaste.
Ser teu amigo não me dá o direito algum sobre a tua consciência. Antes de ser teu amigo, implica apenas e tão somente em querer o teu bem, porque te quero bem. E só.
Chamar-te-ei a atenção para certos perigos, estarei ali quando doer em ti alguma dor intensa estarei inquieto quando souber que não vais bem, estarei sorrindo de alegria quando souber que estás feliz. Para mim não quero nada. Nem mesmo o consolo de saber que sou ou não teu melhor amigo, ou que dizes ou não dizes, sentes ou não sentes, que sou a melhor pessoa que já passou em tua vida.
O que espero e desejo? O que espero e desejo é que nunca canses de minha amizade, que nunca aborreça de saber que alguém se preocupa contigo, que nunca digas:
"Lá vem aquele chato de novo".
O que espero e sonho é que, um dia se precisares de um par de ouvidos, procures entre outros, também os meus; se um dia qualquer dor te machucar demais, e se estiver cansado, revoltado, magoado, ou vazio, tenhas a coragem sem medo algum, de me encontrar e dizer que precisas de alguém como eu, que nada quero em troca senão a tua paz interior.
O que realmente quero é que entendas que não te quero para mim, mas apenas e tão somente para ti, não quero exclusividade, mas com ternura fraterna e sincera, e que entendas que se fosse preciso, daria minha vida por ti, e se ainda as circunstâncias o exigissem, sumiria de tua vida para que minha lembrança ou minha presença jamais te atrapalhasse de ser feliz, e realizar tua vocação plenamente.
Não. Eu não preciso de ti. Mas porque sou teu amigo, eu quero precisar Posso viver sem ti, mas com tua amizade sei que eu cresceria muito mais.
Finalmente quero que saibas a maior das razões pelas quais tenho sido teu amigo de todas as horas: "Sem saberes, tu me elevastes muito alto, para bem perto de Deus, todas as vezes em que tendo tu olhado em meus olhos e eu nos teus, descobri que de mim nada querias senão que eu fosse uma presença amiga nas tuas alegrias e nas tuas lágrimas".
E foi no dia que descobri que me queres bem, mas que não te faço falta, nem te agarras em mim como tábua de salvação; foi naquele dia que senti a vitória de ser teu amigo.
Tudo o que quis e quero, é conquistar-te à tua própria tranqüilidade. De ti só desejo guardar uma lembrança: "Muitas e muitas vezes que vi quando tinhas Deus no coração generoso e empapado de lágrimas de ternura, tu me ensinaste muito mais que pensas", E por isso que quando não tendo podido falar de Deus contigo, tenho falado de ti a Deus. E de alguma forma nunca deixei de estar presente.
Mas sabes o que mais me encanta em nossa amizade? - Penso que permaneceste livre apesar do tanto que já me ouviste, sei que jamais me escravizaste. Se tudo não fora amizade, então não sou teu amigo.
Se tudo isso for amizade, estamos quites. Cresceste em Deus do teu jeito e eu cresci do meu.
-Padre Zezinho-

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Educação e cidadania



Nessa sociedade em rápida transformação, cidadania depende cada vez mais da educação moral e ética. No atual contexto tecnológico, de consumo e da mundialização da economia e da cultura, os indivíduos são seduzidos a viver os valores das grandes elites econômicas nos mais diversos aspectos da vida social. Por isso a cidadania necessita de um elevado nível de socialização do saber científico. Do contrário, seremos apenas consumidores ou não, dependendo da nossa condição socioeconômica e dos nossos valores.
A educação é um meio de construção e reconstrução de valores e normas que dignificam as pessoas e as tornam mais humanas. "Numa educação ética, é preciso resgatar e incorporar os valores solidariedade, de fraternidade, de respeito às diferenças de crenças, culturas e conhecimentos, de respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos." (Siegel. 2005.p 41).
Ser cidadão é perceber que fazemos parte do mundo. Nossas escolhas e posturas diante da vida afetam não apenas a nós mesmos, mas também a vida de outras pessoas, da comunidade. Assim como as atitudes das outras pessoas também nos afetam. Ao invés de só reclamarmos poder agir e transformar as coisas. É verdade que sozinhos não podemos mudar tudo, mesmo por que cada um de nós tem um ponto de vista diferente do que e de como mudarmos as coisas. Ter como princípio a valorização do humano, do ser e não apenas do ter material, já é um bom começo. Em nossas comunidades, escola, clube, prédio, rua, etc. Sempre há pessoas que se uniu para lutar por algo que acredita. Conheça melhor a sua comunidade e experimente participar dela mais ativamente!
Uma idéia é a participação de projetos que visem à melhoria da qualidade da educação.
"A preocupação com a educação para a cidadania, no Brasil, remonta à Constituição de 1823. Parece curioso que em pleno Império já se fizesse presente entre nós um conjunto de idéias em torno da universalização dos direitos, influenciada pelo coetâneo movimento da ilustração francesa. Embora esse avançado ideário tenha alcançado seu lugar na letra da lei, na realidade ainda predominava entre nós a configuração de uma sociedade escravocrata e excludente, na qual apenas os homens livres e proprietários desfrutavam de direitos devido ao sistema censitário imperial. Esse sistema vigorou durante o Segundo Reinado e tinha sido definido pela Constituição de 1824, a qual assegurava o direito de votar e ser votado, participar da Câmara e do Senado, apenas àqueles cidadãos que se enquadrasse em determinados níveis de renda. Não obstante, tanto os constituintes de 1823, quanto os de 1824 preconizavam a disseminação de escolas, ginásios e universidades, bem como a garantia da gratuidade do ensino público – apesar de omissos no que respeita à matéria obrigatoriedade." (BOTO 1999, p. 2).
A questão da defesa da ampliação do acesso à escola referia-se à desigualdade social, a qual se supunha, poderia ser compreendida a partir dos parâmetros de capacidades e talentos individuais. A elite econômica esta passando a ser destinada a tornar-se elite cultural, uma vez que a universalização do acesso à educação formal não se efetivou, permanecendo privilégio de uns poucos considerados talentosos e mais capazes em relação aos filhos do povo, destinados à execução de tarefas de somenos importância do ponto de vista da vida econômica, política e social. Até o nascimento do partido Republicano, em 1870, não foram verificadas grandes mudanças na área da educação, embora houvesse a crença de que a escolarização era indispensável ao progresso do país, o que, por conseqüência, exigia a transformação dos súditos em cidadãos.
Não se pode, pois, dizer, que a sociedade atual carece de ética, de educação e de cidadania. O que ocorre é que ela tem uma ética, uma educação e uma cidadania que lhe são próprias e estão referidas a alguns princípios gerais e abstratos, subsumem, entretanto, valores concretos que consubstanciam a forma de vida própria da sociedade. Assim, os princípios da liberdade, igualdade, democracia e solidariedade humana são subsumidos pelos valores do individualismo, da competição, da busca do lucro e acumulação de bens os quais configuram a moral.E a educação é chamada, na sociedade para realizar a mediação entre ética e cidadania, formando os indivíduos de acordo com os valores requeridos por esse tipo de sociedade. Assim, pela mediação da educação, se buscará instituir, em cada indivíduo singular, o cidadão ético correspondente ao lugar a ele atribuído na escala social.
Uma nova cidadania acontece por intermédio dos currículos oficiais e, para isso, é necessário que os currículos sejam revistos. Acontece também em todos os demais espaços escolares e tudo necessita de um olhar novo para que saiamos do quadro de fracasso da instituição escolar no qual, sabemos, o país está imerso. É necessário ensinar às nossas crianças e jovens não apenas a ler e a escrever, mas a olhar o mundo a partir de novas perspectivas. Ensinar a ouvir, falar e escutar, a desenvolver atitudes de solidariedade, a aprender dizer não ao consumismo imposto pela mídia, a dizer não ao individualismo e sim à paz.
Educar para a cidadania é adotar uma postura, é fazer escolhas. É despertar para as consciências dos direitos e deveres, é lutar pela justiça e não servir a interesses seculares. É uma urgência que grita e que deveria ecoar nos corações humanos e não nos alarmes das propriedades que tentam proteger a vergonha do que a civilização humana construiu. Para alcançarmos isso, não podemos ficar somente no ensinar para a cidadania. É preciso construir o espaço de se educar na cidadania. E nesse sentido, não é somente a preposição que muda. Muda a postura do professor que de cidadão que somente exige seus direitos passa a lembrar também dos seus deveres.
"É preciso plantar a semente da educação para colher os frutos da cidadania". Paulo Freire

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Semana da Pátria


A independência do Brasil, enquanto processo histórico, desenhou-se muito tempo antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil se tornou uma nação independente, devemos perceber como as transformações políticas, econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da Corte Lusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da independência.

A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.

Do ponto de vista econômico, essa medida pode ser vista como um primeiro “grito de independência”, onde a colônia brasileira não mais estaria atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade material nunca antes experimentado em toda história colonial. A liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.

Para fora do campo da economia, podemos salientar como a reforma urbanística feita por Dom João VI promoveu um embelezamento do Rio de Janeiro até então nunca antes vivida na capital da colônia, que deixou de ser uma simples zona de exploração para ser elevada à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves. Se a medida prestigiou os novos súditos tupiniquins, logo despertou a insatisfação dos portugueses que foram deixados à mercê da administração de Lorde Protetor do exército inglês.

Essas medidas, tomadas até o ano de 1815, alimentaram um movimento de mudanças por parte das elites lusitanas, que se viam abandonadas por sua antiga autoridade política. Foi nesse contexto que uma revolução constitucionalista tomou conta dos quadros políticos portugueses em agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil à condição de colônia.

Os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes”. Nas Cortes, as principais figuras políticas lusitanas exigiam que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para que legitimasse as transformações políticas em andamento. Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.

A medida ainda foi acompanhada pelo rombo dos cofres brasileiros, o que deixou a nação em péssimas condições financeiras. Em meio às conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o príncipe regente baixou os impostos e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas. Naturalmente, tais ações desagradaram bastante as Cortes de Portugal.

Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam. Dessa maneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I à líder da independência brasileira.

No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político.

Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.

Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola