quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mui amigo secreto


Dezembro vai começar! É tempo de brincar de amigo secreto. Começamos pelos rebentos e terminamos nos decrépitos. De mamando a caducando, os que querem e os que não querem irão participar, ‘não? Você não vai participar do amigo secreto deste ano?!’ ‘Ainda estou pensando. Até quanto será o presente?’ ‘Uma lembrancinha. Eu estou montando a lista de sugestões, quer sugerir algo?’ ‘Estou pensando.’ ‘Vai pensando, mas não demore, fecharei a lista no final da semana.’ ‘Tá.’

Há quem concorde em participar prontamente e ainda se saia com o clássico ‘Este ano já estou participando de três, será o quarto com este [sorriso].’ Na escola, no trabalho, na comunidade religiosa, no grupo de qualquer coisa e no balé das crianças de dez até doze anos. Não. No balé este ano não haverá brincadeira de amigo secreto. É que amiga secreta nem sempre guarda segredo de sua querida amiga desafeto.

Os papeizinhos. Sim, os velhos e dobradíssimos papeizinhos do segredo. O selo do enlace, a chave do mistério, o bem que alguns desdobram e vislumbram com surpresa e alegria. E..., espere um pouco, devo dizer que alguns desembrulham o papelzinho e o vislumbram com decepção e desprezo? Isso não. Não seria de bom tom. Mas a pequena bailarina o fez. Pequena em idade, porém grande em tamanho, peso e rancor.

Uma a uma as meninas foram tirando e lendo e reagindo aos nomes grafados à caneta esferográfica azul nos improvisados pedacinhos de uma folha de um caderno espiral pautado, um da secretária que é estudante e o trazia na bolsa. Havia quem pulasse de alegria e compartilhasse o segredo disfarçadamente, muito mal disfarçadamente, diga-se de passagem, com a colega supostamente mais confiável. Talvez por empolgação, mas certamente com o inconsciente desejo de ingressar no mercado negro de amigos secretos e, quem sabe, até negociar a prenda com alguém mais interessado e assim ser legal, ou até mesmo obter algum nome mais interessante.

Num canto não tão periférico da sala, a bailarina grande pesada e rancorosa olhou o papel e fez cara de poucos amigos. Disse ‘Que droga! Eu odeio essa menina! Ela me enche o saco todos os dias. Eu não gosto dela! Vou comprar um presente bem podre pra ela.’ Amassou o papel com a força do desejo de amassar a amiga secreta magra e o lançou ao cesto de lixo como se lançasse a própria menina mal querida amassada.

Se não estiver enganado, foi Lacan que certa vez disse, provavelmente quando tinha seus seis ou sete anos de idade ‘A criança é um perverso polimorfo’. Lacan deveria ter lá seus motivos pessoais naquela feita.

Como um enxame de fadinhas, nem bem a bailarina grande e pesada se afastasse do local do sorteio, correram ao cesto para apanhar, desamassar e desvendar o mistério da detestada. E a detestada não estava tão distante que as outras não a alcançassem primeiramente com os olhos e em seguida com a notícia ao pé do ouvido. Empalideceu a pobre que já não era lá das mais coradas. O sangue lhe abandonou a face e os finos lábios separaram-se e entreabertos ficaram. O pequeno papelzinho com o seu nome agora lhe pertencia e ela o segurava com as duas mãos, diante do rosto pasmo.

Não fez segredo de sua decepção para com a amiga secreta. Ao iniciar o choro, viu-se imediatamente interpelada pela mãe que a fora buscar por ser já hora do fim da aula. Entre suspiros, soluços e densas lágrimas, disse, aos solavancos, com o papelzinho ainda pinçado pelas pontas dos polegares e indicadores das duas mãos finas ‘Mã ãe, e eu não qué, quero ma, mais i, ir na, ca a sa, da, bai la, ri na gran de e pe sa da... Eu, eu, eu não sa bi a que, que, que ela achavaissodemiiimmm...’ 

O assunto girou a sala inteira. As mães que aguardavam na sala de espera, pacificamente tomavam o local do sorteio. A professora bailarina achou por bem encerrar o assunto, ao menos naquele momento, com a anulação da brincadeira. ‘Não haverá mais amigo secreto este ano e pronto!’ Outra bailarina se aproximou à grande e pesada e cochichou ‘Aí, tá vendo? Por sua causa. Por sua culpa.’ Ao que a outra deu de ombros como se fosse uma lacaniana precoce bem resolvida quanto aos dilemas da infância.

Dicas para se dar mal na escola


Deixo aqui algumas dicas de como se dar mal em matérias escolares ou universitárias e até mesmo reprovar.
1ª: Consiga todas as apostilas da disciplina, e depois carregue na pasta o tempo todo, pois elas criam um campo magnético onde você aprende por osmose.
NÃO LEIA nenhuma delas, pois isso desfaz imediatamente o campo e você não vai aprender nada!
2ª: Quando fizer trabalho em grupo, pendure-se em um grupo qualquer e não levante um dedo pra fazer o trabalho. Lembre-se de que mais tarde você vai ter de fazer prova, e não deve estar esgotado de tanto pensar nos assuntos a serem estudados!
 3ª: Não entre nunca na biblioteca, nem pra devolver livro dos outros.
Você pode achar algo interessante pra ler, e isso arruinaria o seu final de semana.
4ª : Listas de exercícios são para os incompetentes, por isso você pode ignorá-las. Dê risada quando encontrar alguém fazendo.
5ª: Use a aula pra colocar a conversa em dia, afinal você nunca sabe quando vai ver seus amigos outra vez.
6ª: Se você for menino, não anote nada e copie do caderno de uma garota. Se você for garota, não anote nada e copie de outra garota. Afinal, para ir bem nas provas basta decorar a matéria!
7ª: Apostilas não são para ler, apenas colocar embaixo do travesseiro já produz um enorme efeito mental. Mais que isso é exagero...
8ª: Entregar qualquer coisa com uma capinha legal e espaçamento duplo é certeza de boa nota. Junte suas páginas preferidas da Internet e não esqueça de usar um clips coloridos.Afinal, na Internet sempre tem o trabalho que você precisa, e o professor não vai nem olhar mesmo...
9ª: Só os incompetentes estudam muitos dias antes da prova. Os feras de verdade nem estudam, e evitam ficar com olheiras.
10ª: Se recuse a ler qualquer coisa que esteja escrita em inglês! Afinal, você só vê filme estrangeiro se tiver legenda, e com livros deveria ser a mesma coisa... Até mesmo porque tudo que você precisa pode ser encontrado nos livros em português. Para os universitários essas dicas são muito valiosas, pois se trata da sua carreira profissional.
Bom uso! 

Recuperação escolar: sim ou não?


Já experimentou deixar para última hora seus compromissos? Já experimentou chegar atrasado na rodoviária para pegar ônibus? Já deixou suas contas para pagar após a data de vencimento? Já atrasou-se em festa de aniversário? Pois bem, todas essas situações não tem recuperação! Todas elas causam estranhamento e confusão.
Chegando ao final do ano letivo, temos milhares de alunos que vão após o termino das aulas prestar a chamada recuperação. Afinal, quem nunca ouviu a famosa pergunta no fim de ano: “Você pegou recuperação?”. Qual é o seu posicionamento perante esta questão? Vou fazer aqui algumas considerações importantes.
Começamos pela questão aprendizagem. Não consigo compreender que um aluno consiga aprender em uma semana o que não conseguiu durante um ano. Nesse sentido, a recuperação é apenas de nota e não de conhecimento. Uma vez que o mesmo não construiu conhecimento suficiente para passar em avaliações durante o ano, agora ele só passará se lhe for facilitado. Facilitado sim, pois ninguém consegue aprender todos conteúdos anuais em uma só semana. Se fosse assim, não teríamos mais de duzentos dias letivos, teríamos apenas algumas semanas.
Como você se sente diante de um fracasso? Só há uma resposta: como um fracassado! A reprovação coloca em risco a identidade do estudante e também a responsabilidade do professor. No momento em que se faz a recuperação, o estudante assume que durante o ano letivo ele não demonstrou interesse pelo estudo. Com a aprovação após a recuperação de final de ano, o professor reconhece o fracasso de sua didática pedagógica e de seu trabalho como um todo.
De outro lado, há aqueles que apenas desenvolvem um tipo de inteligência com mais intensidade. Na verdade, as avaliações escolares deveriam contemplar essa noção, pois quando agem de forma fragmentada desmerecem as múltiplas inteligências. Além disso, é necessário observar que nem todos temos as mesmas habilidades e competências. Mas, da forma como está estruturada a avaliação permite uma crítica sobre si mesma no período de recuperação: Durante o ano, dogmatiza os saberes e no final do ano, em nome da aprovação sem critérios se desmerece. Há que se refletir sobre os processos avaliativos.
Outro aspecto interessante que se observa é que nenhum tipo de avaliação teórica produz responsabilidade. Durante muito tempo, as provas causaram muito mais medo do que construção de saberes. Afinal, a avaliação deveria ser um processo contínuo, sem medo, que possibilitasse à todos além da aprendizagem de conceitos, também a discussão dos mesmos.
Mas enfim, estamos chegando ao final de ano, e muitos estudantes já estão, ou sabe que iram participar das avaliações de recuperação. Recuperação de conhecimentos ou notas? Quais são os critérios para o exame final? Qual é de fato, a necessária utilidade do mesmo? 
Escola é espaço de se entender, construir juntos! Trocar ideias! Faça isso, você que é pai, mãe, professor, diretor, aluno, reflita sobre o verdadeiro significado do exame final.
Gostaria de lembrar aqui uma frase muito utilizada na Educação: “Se a escola boa é a que reprova, hospital bom é o que mata.”

Aprovação/reprovação: condição moral ou atitude ética?



De onde nasce a autoridade para aprovar ou reprovar uma ação? Na antiguidade, a autoridade estava inscrita na legitimidade do poder religioso. Em função dos agrupamentos sociais, os pais por serem considerados mais velhos tinham a função de reprovar. Nas primeiras escolas, onde havia mais preocupação com as normas disciplinares do que propriamente com o aprendizado de conteúdos, a reprovação estava ligada à um comportamento não desejado pelo grupo. Assim, podemos dizer que a autoridade da reprovação ou aprovação de determinado comportamento sempre é um desejo da coletividade transferida à um responsável pela sua execução. No fundo, estão presentes os comportamentos morais e as atitudes ligadas ao campo da ética.

Uma questão que comporta nosso consenso é que, sem as normas morais a vida em qualquer instituição social se torna insustentável. As normas morais são construções que, muitas vezes por meio da tradição e costumes de determinado povo são consideradas louváveis. No entanto, o que precisa ser avaliado é que, por serem históricas, as normas morais também são resultado do tempo, ou seja, cada momento histórico carrega em si a necessidade de uma moral adaptada à sua construção. Assim, podemos dizer que, pelos tempos históricos serem transitórios em seus significados, também as normas morais podem ser transitórias, o que dá à aprovação ou reprovação um caráter de mobilidade.
É também inegável que a postura ética carrega em si um confronto com a moral quando se trata do aspecto reprovação ou aprovação. Esse embate se sustenta quando, de um lado, o sujeito mantém uma postura ética (sempre particular) adequada ao tempo histórico que, como vimos é transitório e, de outro lado, as instituições sociais (Família, Escola, Igreja, etc) preservam uma moral embasada nos costumes e hábitos. No entanto, a postura ética é reprovada, pois a moral é uma construção coletiva! Há quem produza a partir disso um dizer: “fulano pensa muito à frente de seu tempo!”.
Deveras, desse raciocínio podemos concluir de que, ao passo que uma instituição social ainda resiste em relação à mudança, estará reprovando comportamentos que poderão ser indícios do momento atual e que, por alguma circunstância ou ideologia a instituição ainda não se posicionou perante este novo caráter histórico.
Mas, não é no desprezo à moral institucional que se constrói sujeitos éticos. Também não é na aprovação de comportamentos amorais que vamos construir uma sociedade mais livre e digna. Parece que a reflexão nos provoca a pensar em alguns valores que são universais, ou seja, valores que aprovam comportamentos éticos novos em função de uma nova moral, mas que não abandona ou desconsidera as bases da história como espaços de construção e reflexão de valores anteriores aos atuais.
Assim, é na sucessão do passado, na vivência do presente e na construção do futuro, que vamos conseguir um equilíbrio entre o aprovar e o reprovar, sem o apelo ao extremo de uma moral ditatorial, sem também afirmar comportamentos extremamente individualistas e sem noção da vida social e coletiva.
_Por Rudinei Augusti_

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Momento descontração




Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
  • Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
  • Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

Tempo certo


De uma coisa podemos ter certeza:
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.

Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer
ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano
enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo,
um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa.

Basta você acreditar que nada acontece por acaso. 

Talvez seja por isso que você esteja
agora lendo estas linhas.
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais
já estão por perto e você nem os notou ainda.
Lembre-se, que o universo sempre
conspira a seu favor quando você possui um
objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.

_Paulo Coelho_

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ditados populares equivocados




Bicho Carpinteiro! Você já viu algum?


“Esse menino não para quieto, parece que tem o bicho carpinteiro!” Quem já não ouviu tal expressão? Mas, afinal, que bicho é esse? Um bicho pode ser carpinteiro? O ditado popularizou-se, ao longo dos anos, de forma errada, o correto é: “esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro”.  Dessa forma faz mais sentido, certo? Veja outros exemplos abaixo.

Cor de burro quando foge. Burro muda de cor quando foge? Como? Por quê? Que cor é essa?
O correto é: Corro de burro quando foge.

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão. A batata é uma raiz, nasce enterrada; então, como ela se esparrama pelo chão se está embaixo dele?
O correto é: batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.

Quem tem boca vai a Roma. Usado para dizer que quem sabe se comunicar vai a qualquer lugar.
O correto é: quem tem boca vaia Roma (isso mesmo, do verbo vaiar). Mudança total no sentido do ditado!

Hoje é domingo pé de cachimbo!  Como seria um pé de cachimbo?
O correto é: hoje é domingo, pede cachimbo!
Explicando: domingo é um dia especial para relaxar e fumar um cachimbo, ao invés do tradicional cigarro (para aqueles que fumam, naturalmente).

Quem não tem cão, caça com gato.
O correto é: quem não tem cão, caça como gato (ou seja, sozinho).

Cuspido e escarrado. Usado quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correto é: esculpido em carrara (carrara é um tipo de mármore)

Fonte: Correio Riograndense

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pecados da língua


Livros exigidos nos vestibulares



A lista unificada de livros obrigatórios para o vestibular 2012 / 2013:
• Viagens na Minha Terra – Almeida Garrett; 
• Til – José de Alencar; 
• Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida; 
• Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis; 
• O Cortiço – Aluísio Azevedo; 
• A Cidade e as Serras – Eça de Queirós; 
• Vidas Secas – Graciliano Ramos; 
• Capitães da Areia – Jorge Amado; 
• Sentimento do Mundo – Carlos Drummond de Andrade.


A lista, que será válida pelo próximos três anos, sofreu quatro alterações em relação ao vestibular do ano passado. Da relação do vestibular 2012, saíram “Auto da Barca do Inferno”, “Iracema”, “Dom Casmurro” e “Antologia Poética”. Eles foram substituídos por “Viagens na Minha Terra”, “Til”, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Sentimento do Mundo”.

A importância da receita



Numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, uma mulher entra em uma farmácia e fala ao farmacêutico:
- Por favor, quero comprar arsênico..
- Mas.... não posso vender isso ASSIM! Qual é a finalidade?
- Matar meu marido!!
- Pra este fim... piorou... não posso vender !!!
A mulher então abre a bolsa e tira uma fotografia do seu marido, na cama, com a mulher do farmacêutico.
- Ah bom!... COM RECEITA É OUTRA COISA...!!!

Delírios de uma mente cansada




   Sabe quando você apaga a última lâmpada da sua casa, seus olhos não se acostumam à escuridão e você sente aquele frio na espinha? Não importa se é criança, adulto ou velho...
   Você sempre sente o ar esfriar de repente em profunda escuridão, como se seu sangue gelasse só por estar naquele ambiente sombrio.
Quase todas as pessoas deixam a luz do quarto acesa  e se foca a luz no caminho de volta, outras quando apagam as luzes, caminham rapidamente de volta ao seu quarto, mas poucos olham para trás e observam o que está às suas costas...
Você sabe que não tem nada lá atrás, pelo menos é o que você quer acreditar...
   Mesmo quando você está deitado, tentando pegar no sono, e ouve barulhos estranhos no porão, no corredor, na cozinha ou mesmo no banheiro, você ignora, tentando raciocinar no que poderia ter causado tais eventos sonoros, como o vento ou algum objeto que caiu pela casa... As crianças têm muito medo disso, porém são criadas para ignorar e acreditar que não há nada de sobrenatural lá...
   Eu acreditava...
  Meus pais foram viajar nas vésperas do verão do ano passado, deixando alguns trocados para eu comprar o que comer. Eles ficariam fora exatamente uma semana, mas isso não mudaria nada para mim, pois eu trabalhava como estagiário o dia todo e ficava até tarde na faculdade, pois eu estava no último semestre e tinha que passar de ano, caso contrário não iria conseguir ser promovido. Chegava cansado todo dia, dava um “oi” para minha mãe, comia um lanche, tomava um banho e ia dormir. Minha rotina.
Mas não foi assim que ocorreu naquela noite em que meus pais viajaram...
   Ao sair da faculdade, me deparei que estava demasiadamente exausto, com enxaqueca e dor na vista, cumpri meu rigoroso ritual até o quarto, fechei minha porta e minha janela como de costume.  Deitei meu corpo exausto na cama onde logo adormeci.
Acordei pela madrugada com muito frio, notei que havia algo fora do normal pelo meu quarto, uma corrente de ar gelado que me fez correr um frio na espinha. Logo percorri o olhar pelo quarto procurando a fonte de tal brisa e percebi que minha cortina fazia movimentos sutis. Levantando-me da cama, senti mais um arrepio, mas estava entorpecido pelo sono e então não dei muito importância para o fato.            Aproximando-me da cortina coberta pela luz do luar percebi que a janela estava aberta, uma fresta com espaço suficiente para uma criança passar. Imaginei ainda com o sono que a havia esquecida aberta.
   Fechei a janela, me certificando de que não houvesse mais a possibilidade de ela abrir-se. Virando-me percebi que minha garganta estava um tanto quanto seca, resolvi ir até a cozinha pegar um copo da água e ao passar pela porta, a qual estava aberta, o que não era normal- não consigo dormir com ela aberta, me sinto deveras inseguro-.
Esta é aquela hora em que mil possibilidades de possíveis tragédias passam pela mente. Com o peito apertado, acelerando a respiração e sentindo a tensão invadindo meu corpo assustado resolvi entrar, com um punho cerrado e a outra mão tateando as paredes na escuridão tenebrosa do corredor que dava acesso ao quarto de meus pais e ao banheiro em busca de um interruptor. Acendendo a luz consegui me acalmar um pouco, estava com as mãos trêmulas e suando frio com apenas uma questão em mente: “O que ou quem abriu a maldita janela e a maldita porta!?”.
 Estava suando frio, sem sentir as pontas de meus dedos, o medo havia tomado conta do meu consciente e a adrenalina estava prestes a ser injetada em meu corpo. Desci as escadas com a mão no corrimão, com muito cuidado, olhando para o seu final esperando encontrar algo.  Havia um silêncio, um silêncio fúnebre e um ar gelado que pairava no ar, a essa altura eu estava tremendo.
Terminando o lance de escadas me aproximei da sala, checando cada canto escuro, cada lugar onde seria um potencial local de onde haveria a possibilidade de surgir algo, qualquer coisa, qualquer coisa que viria para cima de mim. Novamente o frio percorreu minha espinha, acendi a luz da sala, olhei ao redor, nada.
Aproximando-me da entrada da cozinha ouvi um som agudo, um miado, que na hora parecia algo muito pior, me assustei dando um salto que achei que fosse alcançar o teto, era o meu gato. Tudo fez sentido, claro, ele abriu a porta que eu devo ter deixado encostada, tentei me acalmar acreditando nisso, acreditando que eu estava paranoico, que tudo não passava de fruto da minha fértil imaginação, pelo menos era o que eu queria acreditar. Abri a geladeira, peguei o jarro de água, enchi um copo e tomei.
Retornando para o meu quarto, apaguei a luz da cozinha, chamei pelo gato, nenhuma sinal dele. Subi o lance de escadas, cheguei no corredor, estava escuro, as luzes apagadas, exatamente o contrário de como eu havia deixado. O medo voltou e senti um terror, como se todo o meu sangue houvesse congelado. Uma sombra, sim, uma sombra que cortava a luz do luar que penetrava meu quarto.
Com o desespero provocando tremores, lembro-me da pistola de meu pai, uma herança de família. Em três passos cheguei ao quarto de meus pais, abri a gaveta e na velha caixa, encontrei a arma. Senti um alívio momentâneo e uma sensação estranha ao tocar no metal gelado. Com a arma em mãos fui até o corredor, me aproximei da porta do meu quarto, respirei fundo e entrei com o dedo no gatilho, mas não havia nada lá.
  Um baque vindo da cozinha me fez virar rapidamente, havia algo lá embaixo. Corri até as escadas e comecei a descer os degraus. Senti uma dor no pé direito e perdi o chão. Senti-me caindo em um vazio na escuridão e de repente tudo se apagou. Apenas escuro...
“Pi... Pi... Pi... Pi...” Este zunido me fez acordar. O lugar era claro, o ar fresco e um odor peculiar. Meus pais estavam me olhando deitado em uma cama meio desconfortável. “Cancelamos a viagem até você se recuperar totalmente, filho.” Percebi que estava em um hospital.

Autores: João Victor, Felipe Polati, Lucas Monteiro, Luis Salfer ( alunos do SENAI -Sul - Unidade de Joinville)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Somos Todos Iguais

Documentário Consciência Negra

Clipe - Consciência Negra - O Brasil é isso aí

Dia Nacional da Consciência Negra - 20 de novembro


História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da Data
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

Dia da Bandeira

Dia da Bandeira - 19 de novembro


História do Dia da Bandeira
O Dia da Bandeira foi criado no ano de 1889, através do decreto lei número 4, em homenagem a este símbolo máximo da pátria. Como nossa bandeira foi instituída quatro dias após a Proclamação da República, comemoramos em 19 de novembro o Dia da Bandeira.

A bandeira é um símbolo que pode representar um clube esportivo ou um time, uma família – com o brasão da mesma, uma organização – como a Cruz Vermelha, uma Cidade, um Estado ou um País – a pátria de cada um de nós.
Esse símbolo que se caracteriza em forma de objeto, pode ser feito de tecido, papel ou plástico e é utilizado para divulgar o lugar ou organização a que representa.
A história nos conta que a bandeira foi inventada na Idade Média, onde os exércitos começaram a utilizar pedaços de pano com suas cores, para não se confundirem uns com os outros. Pequenas tiras de tecidos eram amarradas em varetas retiradas das árvores, hasteadas em locais visíveis. Aos poucos foram sendo aperfeiçoadas, tornando-se mais bonitas e com símbolos específicos.
No Brasil existe um dia especial para se comemorar o dia da bandeira, que é 19 de novembro, devido à bandeira de nosso país ter sido criada nesta data, no ano de 1889, quatro dias após a Proclamação da República de nosso país.
 
Além da bandeira, existe também em nosso país um hino que faz referência à mesma, e às belezas naturais de nossa terra.
A bandeira do Brasil possui quatro cores sendo verdeamareloazul e branco,onde cada uma delas representa uma característica de nosso país.
O verde representa nossas matas, que são bem extensas;O amarelo representa o ouro, muito encontrado em nossas regiões;O azul é o que representa o imenso céu;
O branco representa a paz e a união do nosso povo.
Além das cores, existem 27 estrelas, que representam os estados do Brasil, bem como o lema que aparece na faixa branca que corta o círculo azul, com os dizeres “Ordem e Progresso”.
Para que uma bandeira seja considerada oficial, existe uma proporção de tamanho que deve ser seguida durante a sua confecção.
É dever da população zelar e respeitar por sua bandeira, como demonstração de amor e respeito à sua pátria.


sábado, 17 de novembro de 2012

Como fazer acontecer


Algum tempo atrás recebi, com alegria, um pequeno folheto, produzido por uma empresa de material escolar, intitulado "como fazer acontecer".
Nele encontrei uma lista de dicas, de orientações muito seguras para conseguirmos sucesso nas empreitadas de nossa vida.
Sob o subtítulo de "caminhos para um efetivo fazer acontecer", lemos o seguinte:
Primeiro: visualize, com detalhes, como se tudo já estivesse realizado - imagine com pormenores o estado desejado. Essa imagem cristalina é algo que irá naturalmente orientá-lo quanto ao que deve ser feito, como começar, etc.
Segundo: dê rapidamente o primeiro passo - confie nos "lampejos" que você tem. Se você sente confiança interior, aja sem hesitação e dê o primeiro passo. A natureza fará a seqüência acontecer.
Terceiro: faça tudo de corpo e alma - não seja "morno", "fazendo por fazer". Até o impossível se torna possível quando nos envolvemos integralmente.
Quarto passo: faça tudo com boa vontade e prazer - a probabilidade de dar certo aumenta tremendamente quando fazemos tudo com a mente alegre.
Quinto: seja otimista - não se deixe influenciar pelos cínicos e pelos pessimistas. Ajude a construir o ideal, a cada dia dando o passo do dia.
Sexto: concentre-se em seus pontos fortes - ao invés de se deixar bloquear por eventuais pontos fracos, ancore-se no que você tem de melhor.
Sétimo: concentre energia - evite desperdiçá-la fazendo as coisas pela metade, ou começando muitos projetos sem nada concluir.
Oitavo: seja natural - não se deixe derrotar pelo "excesso de esforço". Faça o que tem que ser feito e mantenha a tranqüilidade interior. Dê espaço e tempo para a natureza também fazer a sua parte.
Nono passo: seja transparente - nem sequer pense desonestamente, pois isso drena sua energia. Já imaginou quanto de energia gastamos para "proteger" a mentira contada ontem? Ser transparente faz multiplicar energia.
Décimo: seja generoso - "a generosidade move montanhas." As coisas fluem melhor à sua volta porque a generosidade faz agir. Picuinhas, ao contrário, imobilizam as pessoas.
Décimo primeiro: aja sempre com justiça, isto é, evite a postura de tirar vantagem de tudo. Aja pensando em benefícios para todos. As coisas passam a acontecer com mais fluidez.
Décimo segundo passo: confie 100% em sua força interior - fazer acontecer exige fé, principalmente em si mesmo. É essa convicção que o deixa solto para fazer o que é necessário.
Finalmente, décimo terceiro: busque excelência, sempre - um fazer acontecer efetivo deve estar ancorado na busca do melhor, do perfeito, do ideal. O tempo que levaremos para chegar à perfeição é outra coisa. O alvo, porém, deve sempre ser a perfeição.

CHIA é a semente que elimina gordura



CHIA _ O que é

Originária do México, a chia é uma semente que foi muito consumida por civilizações antigas, principalmente por quem precisava de força e resistência física.

Composição

Entre os principais componentes está o ômega 3 - em teor mais elevado do que o encontrado na linhaça. também tem fibras, cálcio, magnésio, potássio e proteína.

Ajuda a perder peso porque...


Segundo a nutricionista Flávia Cyfer, a chia age em três frentes distintas que auxiliam no emagrecimento

· Causa saciedade: "suas sementes são mucilaginosas, ou seja, ricas em fibras. ao entrarem em contato com a água, formam um gel no estômago. diante dessa reação, a digestão torna-se mais lenta. Assim, o indivíduo fica satisfeito mais rapidamente e, então, passa a consumir porções menores".

· Combate inflamação: "a gordura é resultado de um processo inflamatório do organismo, que deixa de enviar mensagens de saciedade ao cérebro. Com isso, perde-se o controle sobre a fome a ponto de comer e nunca se sentir satisfeita. O ômega 3 presente no grão combate essa inflamação, ajudando o corpo a recuperar o controle sobre o apetite".

· Desintoxica: "a fibra regula o trânsito intestinal e limpa o organismo por meio das fezes".

Outros benefícios

Além de ajudar o corpo a entrar em forma, a chia colabora na redução do colesterol, controla a glicemia, ajuda na formação óssea, previne o envelhecimento precoce e melhora a imunidade do organismo.

Contraindicações

Qualquer pessoa pode ingerir a semente. Porém, devido ao alto teor calórico, o excesso pode levar ao ganho de peso. Logo, para emagrecer, coma apenas a quantidade indicada na matéria.

Como consumir?

Pode ser encontrada de três formas - in natura (grãos), óleo e farinha. Mas independentemente do jeito que você prefere consumi-la, a chia deve ser ingerida 30 minutos antes de duas das suas principais refeições diárias (café da manhã, almoço ou jantar).
GRÃO

Como ingerir: pode ser consumido puro ou misturado a frutas de sua preferência. O ideal é comer uma colher (sopa) da semente 30 minutos antes das refeições.
ÓLEO

Como ingerir

Use o óleo como tempero. Acrescente uma colher (sopa) do alimento em saladas, independentemente da quantidade de folhas. Contudo, a nutricionista Flávia Cyfer faz uma importante ressalva neste caso: a versão líquida de chia não conta com os benefícios das fibras, encontradas exclusivamente na farinha e na versão em grãos. Os demais componentes, como o ômega 3, permanecem inalterados.
FARINHA

Como ingerir: adicione uma colher (sopa) no preparo de iogurtes, vitaminas e saladas.

O poderoso grão possui...

· 2 vezes mais potássio do que a banana
· 3 vezes mais ferro do que o espinafre
· 6 vezes mais cálcio do que o leite integral
· 8 vezes mais ômega 3 do que o salmão
· 12 vezes o próprio peso: é o que ela absorve de água
· 15 vezes mais magnésio do que o brócolis.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Feriado 15 de novembro

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA DO BRASIL

15 / 11 _ Proclamação da República


O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações em que visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.

Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.

Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão de obra escrava.

Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agroexportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as consequências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.

O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas ideias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.

No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.

A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.

O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.