Com os relógios adiantados em uma hora a partir do dia 20 o corpo se esforça para acompanhar a mudança
O horário
de verão inicia à meia-noite deste sábado (0h de domingo)
Sabe
aquele parente que odeia o horário de verão porque fica mais sonolento, irritado
e até tem tonturas? E o amigo que se sente bem mais disposto com uma hora a mais
de luz para realizar atividades diárias? Pois as diferentes reações não são
resultado somente da boa vontade de cada um em lidar com as mudanças provocadas
neste período, que se inicia à meia-noite deste sábado (0h de domingo). Junto
com o relógio de pulso, é preciso ajustar também o relógio biológico. E,
dependendo do perfil, isso pode ser fácil, difícil ou até
impossível.
Esse
nosso relógio interno pode funcionar de duas formas bem distintas: a matutina —
aqueles que acordam de manhã bem dispostos e dormem cedo — e a vespertina — os
que têm dificuldade de acordar cedo e funcionam melhor quando o sol se põe. São
os que pulam cedo da cama que mais sofrem com o horário de
verão.
— Nosso
sono é regulado pelo hormônio melatonina, que começa a ser liberado quando acaba
a luz do dia. Como durante o horário de verão temos luz até mais tarde, os
matutinos vão dormir também mais tarde e, por estarem acostumados, acordam cedo.
Ou seja, reduzem o tempo de sono — explica Fernando Stelzel, neurologista do
Complexo Hospitalar Santa Casa.
Já os
vespertinos ganham uma hora a mais de luz durante o dia para aproveitar o
período em que são mais produtivos. Com o pôr do sol mais tarde, muitos
conseguem render mais no horário de verão.
Saiba
como reduzir os efeitos do horário de
verão
Essas
características, ao contrário do que muitos pensam, não está na personalidade de
cada um. Ela é determinada por um conjunto de fatores, e entre eles está o
genético: herdamos a tendência de acordar cedo ou tarde de nossos pais. Mas isso
não quer dizer que os matutinos estão condenados a sofrer durante os 126 dias de
horário de verão.
Horário
de verão começa dia 20 de outubro
Para
grande parte da população, entretanto, o organismo tende a sincronizar seus
ritmos ao novo horário. Cada pessoa tem uma velocidade própria de
ajuste.
— A
adaptação do relógio biológico dura em torno de uma a duas semanas. Neste
período, é comum sentir cansaço. Ele tende, entretanto, a passar aos poucos. E
isso vale para matutinos e vespertinos — resume Stelzel.
Para
evitar o desconforto e ajudar o corpo a se adaptar ao novo horário, uma das
recomendações é dormir pelo menos dez minutos mais cedo a cada dia, durante uma
semana. O ajuste gradual ajuda o relógio biológico a se adaptar sem causar
reações no organismo.
_ O
horário especial termina na noite de sábado, 16 de Fevereiro de 2019, para
domingo, 20. Relógios devem ser atrasados em uma hora a partir da meia
noite.
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