Confira quais são os erros mais comuns na Redação Enem. Veja como evitá-los.
Na contagem regressiva para o Enem 2017, é importantíssimo estar com todos os conteúdos na ponta da língua e, principalmente, ter todos os macetes para uma Redação nota 1000 a mão.
Como você
vem sabe, a redação Enem equivale a 20% da nota total do Enem, sendo vital, para
um bom resultado no exame, alcançar a maior nota possível. Em algumas
universidades públicas a nota da redação pode ter peso ainda maior na hora de
calcular a nota de corte no Sisu. Não dá para vacilar na Redação.
Mas o que
é preciso para escrever uma boa Redação Enem? O candidato deve estar bem
treinado nas cinco competências avaliadas durante a correção do texto. Dentre
elas, a banca avaliadora irá conferir o domínio da norma padrão da língua
escrita. É nesta habilidade em que se concentra a maior quantidade dos erros
cometidos pelos candidatos: ortografia, acentuação e uso de expressões
coloquiais são os principais deslizes que jogam a nota lá para
baixo.
Além de
dominar a norma culta da língua portuguesa, o estudante precisa demonstrar que
compreende a proposta do texto, defendendo seu ponto de vista com bons
argumentos e demonstrando conhecimento dos mecanismos linguísticos. Sem
esquecer, é claro, de elaborar uma boa proposta de intervenção para o tema
abordado na redação.
Confira, então, quais são os erros mais comuns presentes nas redações do Enem:
Fuga ao tema
A
proposta da Redação Enem tem um tema dado em um enunciado e três textos de apoio
relacionado ao assunto. Supondo que o tema sugerido pelo exame seja “combate à
crise hídrica” e o candidato escreve um texto apresentando boas informações
sobre a questão da escassez de água, apresentando dados geográficos e
informações sobre o abastecimento, sem falar, no entanto, de ações efetivas de
combate e prevenção do gasto excessivo de água. A nota é zero.
AmbiguidadeÉ
preciso abordar todo o tema, evitando focar-se em um único aspecto do assunto. A
proposta do tema e os textos de apoio estão aí para colocá-lo no caminho certo.
Considerar apenas um deles é um pecado muito grande. É preciso ler e considerar
todos os textos antes de escrever a redação.
Ela
resulta de textos mal elaborados, Surgindo quando uma mesma frase possui
sentidos diferentes, até mesmo contrários, obscurecendo a interpretação do autor
em relação ao tema e suas intenções a partir daquele texto. Veja alguns exemplos
de frases ambíguas:
Errado: A
mãe de Pedro entrou com seu carro na garagem. (De quem era o
carro?)
Correto:
A mãe de Pedro entrou na garagem com o carro dela.
Uso indevido de pronomes
possessivos
Errado: A
mãe pegou o filho correndo na rua. (Quem corria? A mãe ou o
filho?)
Correto:
A mãe pegou o filho que corria na rua.
Uso indevido de formas
nominais
A
orientação é que o candidato seja bastante específico naquilo que escreve e
certifique-se de que as frases expressem exatamente aquilo o que está querendo
dizer. Para isso, é essencial reler cada sentença posta no papel.
Períodos muito longos
Frases
longas podem ser um problema na hora de manter a coesão do texto. Uma frase
comprida, geralmente com mais de 25 palavras, dá maior chance aos erros, pois o
uso inadequado de conectivos pode prejudicar o entendimento do texto. Além
disso, as frases longas prejudicam a compreensão e abrem margem para problemas
de concordância.
O ideal é
preferir frases curtas e médias. Perceba quando um período está ficando longo
demais e identifique um ponto de corte. Suas ideias ficarão bem mais
claras.
Generalização e terceirização de problemas
Uma
das cinco competências da Redação Enem exige que o candidato elabore uma
proposta de intervenção do tema. No entanto, é preciso evitar argumentos que
coloquem terceiros na luta pela causa. A ideia é que o alune pense a proposta de
intervenção detalhadamente a partir de suas próprias ações.
Além
disso, a generalização é um problema que deve ser evitado, nada de falar “vamos
todos agir”. O candidato deve detalhar como algo pode ser feito, sugerindo, por
exemplo, programas sociais nas escolas públicas.
Evite
palavras como “todos”, “nunca”, “jamais” e “sempre”, pois elas tendem a nos
fazer cair em generalizações indevidas.
Primeira pessoa do singular
No
texto dissertativo-argumentativo, é necessário escrever na terceira pessoa do
singular. “Eu penso”, “eu acho”, “na minha opinião” e “no meu ponto de vista”
devem ser evitados, pois fogem da impessoalidade característica do gênero
textual.
Gírias e expressões da oralidade
A
primeira competência da Redação Enem avalia a capacidade dos candidatos de
demonstrar seu domínio sobre a norma padrão da língua portuguesa. Desta maneira,
o candidato deve evitar expressões típicas da língua falada, registros de
oralidade de gírias como “né”, “daí”, “tipo assim”, “tá ligado”.
Além
disso, cabe destacar que também é preciso evitar o uso de abreviações da
internet, como “vc”, “cmg” “tb”, “q”, “pq”, “qdo”, “pra”. Use sempre as palavras
por extenso.
Erros ortográficos
Nem
é preciso entrar muito neste tema. Todos sabemos que estes erros devem ser
evitados a todo custo, pois ganham a antipatia do corretor na mesma hora. Mas
como evitá-los? Com muita leitura em um momento anterior ao exame, e com muita
atenção dos autores para os recursos utilizados e para a forma e o tom com que
escrevem.
Alguns
erros ortográficos mais comuns são “concientização” no lugar de
“conscientização”, “pretencioso” no lugar de “pretensioso”, “compreenssão” no
lugar de “compreensão”.
Uso incorreto das palavras “mal” e “mau”
Mau
é um adjetivo, ou seja, qualifica um substantivo, como ocorre em “menino mau”.
Já mal pode assumir a função de substantivo ou advérbio, ou seja qualifica um
verbo, como em “mal feito” ou rege um adjetivo, como em “um mal
irreparável”.
Para
facilitar, procure substituir as palavras por seus antônimos: “mau” está sempre
em oposição a “bom” e “mal” está sempre em oposição a “bem”.
Falta de progressão textual
As ideias
do texto devem fluir da maneira mais compreensível e natural possível. Antes de
iniciar a redação, elabore um roteiro com as suas ideias sobre o tema e a ordem
em que serão trabalhadas. O texto dissertativo divide-se em três grandes blocos:
introdução, desenvolvimento e conclusão. Defina previamente o que e como será
abordado em cada um desses blocos. Planeje cada parágrafo com cuidado e apenas
comece a escrever o texto quando já tiver bem claro na sua cabeça como o texto
ficará no final.
No
momento específico da redação do texto, para ajudar a dar fluência, faça uso de
conectivos – conjunções que ligam as orações e ajudam a estabelecer ligação
entre as orações. “Contudo”, “entretanto”, “porém”, “todavia”, “no entanto”,
“embora”, “ainda”, “uma vez que”.
Não use palavras que não façam parte do seu vocabulário
Na ânsia
de demonstrar o domínio da norma culta, muitos candidatos podem empregar termos
sofisticados e incomuns de maneira equivocada. Se você não tem certeza sobre o
uso de uma palavra ou outra, seja pela grafia ou pela sua significação, evite-a.
Não troque o certo pelo duvidoso.
Crase
Equívocos
com relação ao uso da crase são muito comuns. Lembre-se que a crase denota a
junção da preposição “a” com o artigo feminino “a”, portanto, a crase nunca será
utilizada diante de nomes masculinos, verbos ou pronomes como “você”, “ele”,
“ela”.
Uso incorreto do pronome relativo “onde”
Os
pronomes relativos substituem nomes de uma oração anterior e a relação entre
duas orações. Este pronome só deve ser utilizado como referência a lugares: “a
briga aconteceu na escola onde o professor dava aulas”. Em caso de dúvidas, a
melhor opção é substituir a palavra por conjunções como “no qual”, “na qual” e
“em que”.
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