Dominar
gramática, interpretação de textos e redação é fundamental para se garantir em
qualquer concurso.
Por isso,
a prova de português não deve ser subestimada por quem acha que
já domina a língua, segundo Pollyana Dieine, especialista em concursos e
professora do Universo do Concurso. “É um estudo que demanda tempo, atenção e
disposição”, alerta.
Além de
pressupor que já conhece a matéria, o concurseiro pode pecar pela pressa, de
acordo com Verônica Ferreira, professora de Língua Portuguesa do site Questões
de Concursos. “É comum que o candidato leia os textos apenas uma vez, e parta
para a resposta achando que já entendeu tudo”, afirma.
Veja a
seguir alguns dos problemas mais enfrentados por concurseiros em provas de
português, segundo a professora Verônica, e como impedir que eles comprometam o
seu sucesso:
1)
Interpretação de enunciados e textos
“O
candidato muitas vezes tem o péssimo hábito de não ler o texto, ou de só achar
que leu”, afirma. Segundo Verônica, muita gente não tem paciência para absorver
os textos, ou fica tão preocupado com o tempo que perde a concentração na
leitura.
Dica
da professora: No caso de um enunciado, marque os verbos de comando -
aqueles que distinguem a ação esperada do candidato, tais como “justifique”,
“indique”, “comente”. Também vale reler com calma o que está proposto para
garantir que você compreendeu bem. O mesmo vale para textos que você precisa
analisar.
2) Uso da
crase
Tema que
confunde muita gente, a fusão do artigo feminino “a” com a preposição “a” tem
regras específicas de emprego.
Dica
da professora: Você está seguro de que não tem dúvidas sobre o uso da
crase? Verônica aconselha uma revisão sobre o tema, com atenção especial para os
casos optativos, isto é, aqueles em que a crase pode ou não ser
usada.
3)
Ortografia
Dependendo
da banca, deslizes de ortografia podem eliminar um candidato. “É um erro
clássico, que revela um candidato que não lê ou que não se preocupa com o que
lê”, diz Verônica.
Dica
da professora: Cultivar o hábito de ler jornais, revistas, livros e
sites ajuda a diminuir os erros. Isso vale também para melhorar a
redação.
4)
Emprego de pronomes
Tema
recorrente em provas, questões sobre pronomes frequentemente aparecem como
“pegadinhas”. O concurseiro precisa tomar cuidado para não confundir as regras
sobre colocação de pronomes oblíquos átonos, como “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o” e
“a”.
Dica
da professora: Na língua falada, frequentemente ouvimos e falamos
frases como “Me entregaram uma carta” ou “Você viu ela?”, que são incorretas
segundo a norma culta. Para não se confundir na hora de escrever, é bom voltar
aos livros e estudar com atenção as diferenças no uso de cada
pronome.
5) Onde
x aonde
Mais uma
vez, a influência do português falado pode atrapalhar o concurseiro. Apesar de
muita gente empregar “onde” e “aonde” indistintamente na língua oral, o mesmo
não vale para a escrita, o que gera muitos erros em provas.
Dica
da professora: “Onde” é empregado para ideia de algo fixo, que não tem
movimento, como em “Onde você mora?”. Já “aonde” acompanha verbos que dão ideia
de movimento, de mudança, como em “Aonde você foi?”. Para não fazer feio, o
concurseiro precisa memorizar essa distinção básica, segundo
Verônica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário