A
redação, obrigatoriamente um texto dissertativo-argumentativo, deve ter no
mínimo sete linhas e no máximo trinta.
Agora, vamos dar uma olhada nas competências que são
avaliadas:
I-
Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita.
II-
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de
conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto
dissertativo-argumentativo.
III-
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e
argumentos em defesa de um ponto de vista.
IV-
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a
construção da argumentação.
V-
Elaborar proposta de solução para o problema abordado, respeitando os valores
humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Essas são
as competências que serão avaliadas dos candidatos. Portanto, é bom tê-las em
mente quando estiver elaborando seu texto.
Referente
à quinta competência, um dos aspectos importantes a ser destacado é quanto à
proposta de solução do problema abordado. Tal intervenção, além de não revelar
uma posição ideológica comprometedora, deve ser factível, realizável. Ou seja,
prender todos os criminosos NÃO é uma solução para acabar com a
violência urbana!
Segue
outras dicas que você deve se lembrar na hora da redação:
1 –
Cuidado com palavrões, chavões e piadas.
2
– Capriche na caligrafia. Afinal, vale de tudo para tentar agradar os
corretores.
3
– Atenção na ortografia e na gramática, pois você pode perder pontos
valiosos com esses deslizes.
4
– Embora seu texto tenha os limites de 7 e 30 linhas, tente fazer em torno de
20. Com muito menos fica impossível defender suas ideias e com muito
mais seu texto pode ficar cansativo e obrigar o corretor a lê-lo rapidamente, o
que claramente não é interessante.
E para
estudar (treinar)? Como proceder?
Primeiramente,
escreva muito! Afinal, não se deixe enganar com a frase “quem lê bastante,
escreve bem”. Isso não é necessariamente verdade. Quem lê muito, lê bem. Para
escrever bem, tem que escrever muito. Uma redação por semana é o
mínimo!
Todas as
quintas ela fornece informações valiosas sobre como melhorar seu desempenho na
produção de textos.
Estamos
certos que, seguindo nossas sugestões, sua confiança na hora de produzir sua
redação irá aumentar significativamente.
No Guia
do Participante, documento publicado pelo MEC (Ministério da Educação) em
setembro do ano passado e disponível para todos em seu site, na página 9, há a
relação de razões que justificam uma nota zero e, a última delas é a presença de
“impropérios, desenhos ou outras formas propositais de anulação” (MEC, 2012,
p.9). A palavra “impropério” significa ofensa, ultraje, insulto, o que talvez
não foi o caso das redações mencionadas, já que os candidatos não insultaram
ninguém (nem o time cujo hino está no texto), mas as “outras formas propositais
de anulação” dão margem para este tipo de quebra semântica, pois estes casos são
exemplos de graves e sérias quebras semânticas (sentido) que, a nossa ver, foram
propositais e não tentativas de surpreender o leitor como alguns candidatos
fazem (o que será tema de outra postagem, já que ser criativo demais, em exames
como o ENEM, pode ser prejudicial se não for feito com cuidado) e acabam
“errando a mão” e quebrando toda a cadeia de relações e argumentos do seu texto,
prejudicando-o semanticamente. Portanto, estes exemplo se encaixariam neste
critério de anulação e, assim sendo, um dos modos de não se obter uma nota zero
é não quebrar semanticamente a redação.
Outro
critério de nota zero é a fuga total do tema, sobre o qual já falamos em outras
postagens e, para isso não acontecer é fundamental que o candidato leia e
compreenda corretamente a proposta de redação e a sua respectiva coletânea, já
que uma prova de produção textual também avalia a leitura que o candidato fez do
enunciado. Este é o primeiro passo para se distanciar do zero e almejar notas
maiores e competitivas: ler e compreender adequadamente a proposta de redação e
atender ao tema pedido; não precisa nem ser muito criativo, basta ater-se ao
tema e não sair dele.
Outra
questão que leva ao zero é o não cumprimento do texto
dissertativo-argumentativo, isto é, ao invés de redigir este tipo de texto é
escrever outro, como uma carta, uma narrativa, uma descrição generalizada, ou
seja, no texto todo, já que falamos em um dos primeiros textos que pode-se
começar, por exemplo, uma dissertação – argumentativa com uma narração. Por isso
o candidato deve ter em mente toda a estrutura de um texto deste tipo, além de
colocar a proposta de intervenção social que é um critério específico do
ENEM.
Textos
com até sete linhas e em branco também são anulados, já que é humanamente
impossível escrever um texto como falamos aqui em sete linhas e, o em branco,
mesmo que o candidato tenha escrito o rascunho, se na folha definitiva não há
texto não há correção, pois o corretor deve considerar, apenas, o que está na
folha definitiva de redação, já que há uma específica para o rascunho. Além
disso, a redação deve ser escrita na folha definitiva à caneta para garantir
sua correção, já que há vestibulares que consideram anuladas redações escritas à
lápis.
Sobre
copiar a coletânea, no ENEM, para efeito de correção e contagem de linhas
escritas, a cópia dos textos chamados de motivadores ou ainda de questões
objetivas acarretará na desconsideração do número de linhas copiadas, então,
cuidado! É ideal, também, evitar ultrapassar o número de linhas disponíveis e
escrever com letra legível para não prejudicar a correção do texto. O Guia do
Participante afirma que o título é opcional, mas o consideramos fundamental na
construção de uma dissertação – argumentativa.
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