
A história de um povo entra em
decadência quando o mesmo perde o senso sobre os valores morais. Valor moral é a
medida equilibrada do certo e do errado. No entanto, com a perca dos valores
morais, uma sociedade torna-se incapaz de decidir sobre aquilo que lhe parece
ser bom ou mau para sua existência. Nesse sentido, recebi essa semana (acredito
que muitos dos leitores também) um e-mail em que colocava a postura do escritor
Luiz Fernando Veríssimo sobre o Big Brother Brasil 15, reality show apresentado
pela Globo e na interlocução Pedro Bial.
Luiz
Fernando Veríssimo aponta, entre outros aspectos, a precarização dos valores
morais como ponto que define o BBB como uma síntese do que há de pior na
televisão brasileira. A exposição desmedida de uma linguagem chula, desenhada em
um cenário de sexo ‘quase’ explícito, e por cima, uma nomenclatura fajuta de
“heróis” para aqueles que vivem na casa são pontos a serem
discutidos.
Como
educadora, me vejo na obrigação de refletir sobre a necessidade da retomada de
alguns valores morais que, no passado foram, e continuam sendo importantes para
a convivência social sadia. Não quero repreender a visão liberal daqueles que
pensam que deve-se falar sobre sexo, não… não é isso. Falar sobre sexo em uma
conjuntura mais global, envolve falar de sexualidade; ou seja, apontar para a
questão como um todo e não apenas referenciar o ato genital, que muitas vezes
falado no reality show, é extremamente
momentâneo.
A
exposição de uma linguagem vulnerável e insignificante, pode remeter à população
à uma vulnerabilidade de leitura, informação, criticidade, etc., retomando
assim, cada vez mais, um estado de vida selvagem,
animalesco.
Educar-se
é o que precisamos! A televisão deveria ser mais um meio de transmissão da
cultura sadia e dos bons costumes que ainda temos. A televisão deveria auxiliar
na solução de conflitos sociais, na luta por condições mais dignas de saúde,
educação, política, cultura, etc., mas o que faz? Vende! Custe o que custar, o
interessante é vender! Mesmo que para isso, seja necessário idolatrar alguns
valores em detrimento de outros.
Valorizar
a vida na sua plenitude é mais que apontar questões como ‘sexo’ como centro de
um jogo. Valorizar a vida é, segundo a história nos mostra, o cultivo de valores
como a participação na política, nas discussões de assuntos que são da
comunidade, que beneficiam acima de qualquer ideologia a vida de seu filho, seu
neto, ou mesmo, a sua.
Deixe a postura cômoda de lado!
Priorize valores que são válidos para toda nossa comunidade. A Educação vai além
da Escola! Pense nisso!
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