Chegando
a mais um final de ano escolar, muitos estudantes se veem no dilema dos exames –
a chamada recuperação. É um bom momento para os mesmos refletirem se de fato o
ano foi produtivo em termos de aprendizado, ou se, como para muitos, foi perca
de tempo. Evidentemente, acentua-se o caráter de avaliar o que se sabe, se
aprendeu, o que se ensinou. Não é momento de “acertar contas” entre alunos e
professores, é sim, momento de repensar a forma de estudar, ensinar e
aprender.
Nenhum
pai deseja ver seu filho reprovado. Alguns, àqueles que menos se importam com a
vida escolar de seu filho, pensam que o mesmo deve sempre ser aprovado,
independente se durante todo o ano estudou ou apenas frequentou a escola. Esse
comportamento é típico de pais que não acompanham a vida escolar de seus
filhos.
Mas,
reprovar é um ato que ninguém quer! Ninguém, independente daqueles que não
estudaram! Nesse caso, deveria ser inevitável! Afinal, quando se fala em
recuperação não se pensa em estudar para obter nota, mas sim, os possíveis
conhecimentos que, por um motivo ou outro, durante o ano não foram possíveis.
Assim, a recuperação deveria acontecer a cada novo período de aula. Mas, e a
nota?
Obviamente
que o conhecimento não é tido como uma medida que pode ser quantificado em
números. Seria interessante se nos nossos regimentos pudéssemos avaliar por
competências e habilidades. Sim, porque não posso saber o que o outro sabe, pois
sou um ser diferente, capaz de aprender diferente, tenho uma história de vida
diferente, etc. Ninguém aprende igual, então, ninguém deveria também ser
avaliado igual.
O
currículo escolar contempla várias competências e habilidades e, se pensa que,
ao ser avaliado o aluno está demonstrando que aprendeu um pouco de cada coisa.
Não vamos discutir currículo, pois o mesmo requer um estudo aprofundado, dado
que ainda temos currículos fragmentados como no Século XVII.
Por fim,
dizer que chegar ao final do ano com o sentimento de dever cumprido é muito
gratificante, especialmente para o aluno que se dedicou, para o pai que apostou,
a mãe que deu especial atenção e, para o professor que o acompanhou. Mas, em se
tratando de reprovação, a história muda.
Desejo
que todos estudantes tenham consciência de que a escola é lugar para aprender,
estudar, ensinar e compartilhar o que temos de mais importante: a
vida!
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