Me
sinto estarrecida com a velocidade do tempo, pois parece que dezembro de 2017 foi no mês passado.
Como
pode? Me lembro que me aventurei a poetizar sobre a pressa do tempo esses dias
atrás, mas nem sequer vi 2018 passar. Esse foi o ano mais curto da minha
vida.
Não
vou discorrer sobre a brevidade dos dias, mas minha reflexão hoje é sobre a
fragilidade da vida.
Reconheço
que o ser humano é a obra mais extraordinária da criação visível, dotado de
inteligência, força e beleza, mas feito de barro. Isto é, todos são vestidos de
uma certa fragilidade para que assim possam depender do
Criador.
Eu
vejo isso especificamente na minha vida, pois no meu “balanço anual”, por mais
que eu tenha lutado com “unhas e dentes” para conseguir fazer tudo o que
precisava e queria, quanta coisa escapou ao meu alcance! A quantas pessoas não
consegui dar a atenção que mereciam, os abraços que precisavam, o impulso que
faltava para continuar, a disciplina que careciam…
Por
mais que eu tenha falado e falado, dentro do peito mora sempre a sensação de que
as palavras não foram suficientes, e com isso precisei recorrer à confiança que
somente o Espírito Santo opera eficazmente, até mesmo naquilo que não foi
dito.
Inúmeras
vezes lutei em busca da palavra perfeita para se encaixar em uma frase, embora
nossa língua disponibilizasse milhares delas, a minha limitação me estimulou a
depender mais do Autor da inteligência e da língua humana.
Quantos
problemas eu vivi que desafiaram minhas forças e, mesmo lutando, a solução ia
além da minha capacidade e eu precisei orar, gemer e esperar pelo socorro do
Alto?
A
minha pressa e o desejo de trabalhar noite e dia sem parar, muitas vezes, foram
detidos pelo meu corpo gritando: “Calma, não pode ser assim!” E eu vi que basta
um esgotamento para o cabelo cair, a pele pipocar em eczemas, a memória oscilar.
Basta uma noite mal dormida para a cabeça doer; uma oscilação brusca na
temperatura para a gripe aparecer. Basta alguns dias sem me mexer para as
articulações e músculos rangerem como se fossem enferrujar,
rsrsrs.
E
assim eu suspiro de desejo pela Salvação, pelo céu e pelo novo corpo, igual ao
do meu Senhor Jesus, para que então eu possa contemplá-lO e servi-lO por toda a
eternidade, sem nenhuma pausa.
Vou
parar de falar das minhas fraquezas e limitações, pois daria um livro, e eu sei
que você que percorre essas linhas também tem as suas. Mas, sabe, eu só deixei
de sofrer com elas quando aprendi a viver pela fé.
Consegui
perceber que o Altíssimo tinha um propósito grandioso ao nos criarmos assim.
Reconhecer nossa condição instável e frágil afasta a arrogância e o orgulho e
eleva pilares que nos sustentam para a eternidade, como humildade, benignidade,
simplicidade, compreensão, misericórdia…
Quando
me abaixo debaixo da potente Mão de Deus, Ele vem e completa aquilo que falta em
mim.
E
quando Ele entra com a Sua parte, tudo se torna perfeito, leve e
permanente.
Não
ouse caminhar dependendo da força do seu braço, senão suas fraquezas e
limitações serão cada vez mais visíveis e a impedirão de prosseguir e crescer em
2019, “O Ano da Excelência”. Só conseguiremos nos exceder em valores e obras, se
primeiro houver a excelência da fé e da confiança no Espírito Santo. _ Cristiane
Cardoso_

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