E não
pôde deixar de perceber que estava cheio de remédios para dormir, analgésicos e
calmantes.
O próprio
Dalai Lama me contou essa história quando o entrevistei para o meu novo livro
(não hã edição em português, portanto, segue tradução livre) “Uma força para o
bem: A visão do Dalai Lama para nosso mundo”. Ele acrescentou:
“Muitas
pessoas acham que dinheiro é a fonte de uma vida feliz. Dinheiro é necessário,
útil – mas mais e mais dinheiro não traz felicidade”.
De fato,
se as pessoas possuem renda suficiente para suprir as necessidades da vida (isso
seria cerca de 70 mil dólares por ano, por família), estudos apontam que um
adicional financeiro representaria cerca de um por cento de sua satisfação com a
vida.
Sendo
assim, o que faz a diferença quanto aos nossos sentimentos de bem-estar? Algumas
respostas definitivas vêm do trabalho de Richard Davidson e seu grupo de
pesquisa do Centro de Investigação de Mentes Saudáveis, localizado na
Universidade de Wisconsin, em Madison. Quando visitei a instituição,
recentemente, Davidson me relembrou a pesquisa que fez para o Relatório Anual
das Nações Unidas sobre felicidade.
Baseado
em novos dados que revelam a reciprocidade entre as áreas pré-frontais do
cérebro, que conduzem nossas emoções, e as áreas centrais do cérebro, como a
amígdala cerebelosa, que produz sentimentos como raiva e ansiedade, Davidson
encontrou quatro bases sólidas para o tipo de felicidade na vida que não tem
nada a ver com riquezas:
1.Recuperação rápida de aborrecimentos
Algumas
pessoas se apegam a preocupações e meditam sobre o que lhes está afligindo ou
aborrecendo por horas ou mesmo dias. Outros conseguem superar com rapidez aquilo
que lhes desconcerta ou irrita, então preste atenção no seguinte: essa
recuperação rápida nos ajuda a voltar a um estado de bom humor mesmo quando a
vida se mostra dolorosa.
2. Manutenção da positividade
Quando
mais negativa a nossa visão geral das coisas, mais elas nos incomodarão. As
pessoas que conseguem enxergar o mundo e a vida com otimismo e positividade
tendem a se aborrecer ou entristecer com bem menos frequência e relação às
provações e momentos da vida.
3. Empatia e altruísmo
Preocupação
com nossas próprias questões e assuntos coloca nosso foco somente em nós mesmos.
Se pudermos, porém, atentar para aqueles ao nosso redor, perceberemos quando
eles precisarem de ajuda. E se os ajudarmos, nosso cérebro nos recompensa com
uma onda de bons sentimentos. É um bom ciclo.
4. Foco
Uma mente
que vagueia ou fica presa a preocupações tende a nos deixar para baixo,
entristecidos. Uma mente que se liberta dessas preocupações e presta atenção ao
que está acontecendo no aqui e agora nos torna livres de nossas negatividades e
mau humor.
A boa
notícia: essas chaves para o bem estar, baseadas no cérebro, podem ser
fortificadas. Uma rota direta para isso está em praticar e nutrir um
comportamento compreensivo e atencioso. Como diz Davdison, bem estar é uma
habilidade na qual podemos melhorar.
Fonte: Administradores
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