Encare
de vez a verdade: ninguém é perfeito. Mas, diferentemente do que se pensa, isso
é bom. Aprenda com especialistas a virar esse jogo, aumentar a autoestima e
conquistar tudo que deseja.
1.
Permita-se sentir tudo
Apesar de
as vulnerabilidades estarem sempre ligadas a sentimentos negativos, elas também
nos permitem vivenciar o lado bom do desconhecido. Estar alegre, por exemplo, é
desligar nossos sensores de alerta para o mundo e curtir o momento sem temer ser
julgado. “Quando estamos abertos para o outro é que o amor acontece”, lembra a
psicóloga Marcia Almeida Batista, diretora da Faculdade de Ciências Humanas e da
Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Às vezes, por medo da
exposição, nos fechamos. No extremo, somos capazes até de destruir momentos bons
com pensamentos trágicos. Ambas as atitudes limitam nossas possibilidades.
“Sentir plenamente, sem temer o que vem a seguir, atrai gente para perto de nós.
E compartilhar desprotegido leva a um vínculo maior e a mais autoconfiança”,
explica a americana Brené Brown, em seu novo livro A Coragem de Ser Imperfeito
(Sextante).
2. Não
perca tempo com comparações
A grama
do vizinho é sempre mais verde, como diz o ditado. Mas apenas aos nossos olhos.
É comum criarmos uma imagem falsa do outro, achando que é mais bem-sucedido,
feliz, realizado e sem defeitos. Com isso, entramos em um ciclo de insatisfação
e passamos a traçar objetivos baseados no próximo. Pior: quando fracassamos, a
comparação com o outro nos deixa ainda mais frustrados – justamente por causa da
visão distorcida que criamos. “Aceitar nossas imperfeições é um processo de
mudança profunda e envolve aspectos essenciais, como abraçar até as fraquezas,
cultivar a autenticidade e acreditar em nós mesmos”, lembra Brené. Traçar metas
sem confrontar com o outro, levando em conta apenas as próprias capacidades,
desejos e objetivos, resultará em ações mais eficientes para alçancar o que
quer.
3. Abra
mão de ter 100% de controle
No mundo
ideal, teríamos sempre domínio da situação. A proteção seria total. Contudo, na
realidade, não dá para fugir. Quem muito tenta manter as rédeas da situação
desperdiça tempo e potencial com o que é secundário. Por exemplo: imagine que
você tem algo nas mãos que não quer mostrar para ninguém e, bem nesse momento,
um amigo se aproxima. Será impossível se concentrar na conversa porque você
estará pensando em como esconder o objeto. “Agora, troque o objeto por uma
vulnerabilidade sua. Todo o esforço de esconder drena a energia do que realmente
deveria receber atenção”, explica Marcia. Como a nossa energia é limitada, ao
gastá-la tentando manter controle do que você não tem, perderá a chance de
investir mais no que realmente importa.
4. Dê menos peso ao fracasso
Vivemos
em uma sociedade que valoriza líderes e vencedores. “Esse movimento gera o que
eu chamo de cultura da escassez: nunca nos consideramos suficientemente bons”,
diz Brené. Por isso, é normal relacionar os retornos que recebemos diretamente à
nossa capacidade e autoestima. Se nos dão uma boa avaliação, o amor-próprio
recebe uma injeção de ânimo. Quando o comentário é ruim ou não tão bom, porém,
vira um golpe, e a gente se sente um lixo. “Falhar em algo não faz de você uma
pessoa pior”, enfatiza a autora. Essa associação, aliás, pode ser extremamente
destrutiva. Não encare a falha como algo definitivo ou determinante. Assim,
conseguirá restabelecer sua segurança e seguir adiante.
5.
Rejeite o perfeccionismo
Você
gasta horas na realização de uma tarefa pequena para evitar erros e acha que
isso é esforço pela excelência? Não se engane. O perfeccionismo é um mecanismo
para mascarar vulnerabilidades. “É a tentativa de evitar crítica ou humilhação”,
defende Brené em seu livro. Libertar-se da necessidade de acertar garante mais
tranquilidade para experimentar e dar vazão às habilidades. É comprovado que,
quando nos permitimos falhar, abrimos mais espaço e adquirimos mais autonomia
para produzir com criatividade e inovação qualquer que seja o desafio. “É quando
nos surpreendemos com o desconhecido que ganhamos e crescemos como pessoa”,
reforça a psicanalista Anna Veronica Mautner, de São
Paulo.
Fonte: M de Mulher
Nenhum comentário:
Postar um comentário