Muito se
tem falado sobre a composição dos fósforos e muitos mitos se têm desvendado, no
entanto ninguém pode subestimar a sua extrema importância e utilidade nos dias
de hoje.
Como funcionam os fósforos
Ao
contrário de que muitas pessoas pensam, a ponta do palito (a parte vermelha) não
contém fósforo nem pólvora. Esta parte é composta por clorato de potássio,
responsável por libertar oxigénio para manter a chama acesa. Por sua vez, o
palito é revestido por uma camada de parafina que funciona como combustível para
alimentar a chama. Já a parte áspera da caixa, semelhante a uma lixa, essa sim,
é composta por fósforo (para produzir calor intenso), sulfeto de antimónio
(Sb2S3), trióxido de ferro (Fe2O3), dextrina e goma-arábica (cola).
Assim
sendo, quando se dá o contacto da caixa com o palito inicia-se o processo de
combustão que funciona da seguinte forma: a faísca queima o clorato de potássio,
liberta muito oxigénio, que por sua vez reage com a parafina, que cobre o
palito. Após esse contacto, surge uma chama que consome o palito durante,
aproxidamente,10 segundos.
Origem do
nome: fósforos
Mas então
por que razão os fósforos são denominados dessa forma? Isto porque durante muito
tempo o elemento fósforo estava no palito, o que fazia com que se ateasse
rapidamente e em qualquer superfície áspera, tornando assim a sua utilização
perigosa.
Foi
então, pelas mãos do alemão Hennig Brandt, em 1669, que se descobriu
acidentalmente o elemento fósforo (que em grego significa “o que traz a luz”)
numa das suas tentativas de transformar metais em ouro.
As suas
experiências chegaram ao conhecimento do físico inglês Robert Boyle,
que inventou, 11 anos depois, uma folha de papel rugoso, revestido de
fósforo.
Mas foi
apenas em 1826 que o químico inglês John Walker deu a conhecer os
palitos de fósforo, com cerca de 8 centímetros de comprimento. Apesar do seu
tamanho, Walker pode ser considerado o “pai dos fósforos”, uma vez que
após a sua descoberta, tanto o tamanho como as suas características, foram sendo
alteradas até ao conceito que temos hoje.
Na
verdade o que acontecia, devido à presença do elemento fósforo, na cabeça do
palito, é que ele incendiava-se rapidamente apenas com o raspar de qualquer
superfície áspera, e outras vezes incendiavam-se sozinhos dentro da própria
embalagem.
Anos mais
tarde foi o sueco Carl Lundstrom que, em 1855, começou a comercializar
fósforos seguros. Além de serem constituídos por fósforo vermelho, o que trazia
uma maior segurança à sua utilização, também os seus componentes inflamáveis
foram colocados em dois sítios diferentes, de forma a garantir total segurança:
na cabeça do palito e do lado de fora da caixa.
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