A
queda de temperatura anuncia a chegada de uma temporada pouco confortável para
muita gente. É a época dos espirros, tosses e de outras consequências
desagradáveis. São as chamadas doenças de inverno, ou seja, males que atacam com
mais agressividade nos meses mais frios do ano: Gripes, Resfriados, Rinite,
Asma, Bronquite, Infecções respiratórias.
DIFERENÇAS
ENTRE RESFRIADO E
GRIPE
Gripe
O QUE
É
Infecção
respiratória causada pelo vírus influenza tipos A e B altamente
contagiosa.
SINTOMAS
Variam
conforme mutações sofridas pelo vírus na temporada. Em geral, há um cansaço
extremo, febre por dois ou três dias, dores no corpo, de cabeça e na garganta,
coriza. A melhora ocorre depois de três ou cinco dias.
PREVENÇÃO
Boa alimentação, beber muita água, fazer exercícios e
dormir bem. A vacina também reforça a imunidade.
Resfriado
O QUE
É
Infecção
diferente da gripe. Em geral, é causada pelo adenovírus e o rinovírus. Mas
existem cerca de 200 variações de microorganismos que dão origem ao
resfriado.
SINTOMAS
Ataca
principalmente o nariz e a garganta. Espirros, coriza e tosse. A recuperação
acontece em dois ou três dias.
PREVENÇÃO
Exercícios
regulares, boa alimentação e descanso. Evite lugares fechados e
cheios.
ASMA
A ASMA
é caracterizada pela inflamação, inchaço e estreitamento dos brônquios, o que
dificulta a passagem do ar. A asma é considerada uma doença inflamatória, com
vários fatores desencadeantes, como substâncias ou produtos que irritam as vias
aéreas (pó, produtos de limpeza, perfumes, etc.), infecções virais, atividade
física intensa e até fatores emocionais. Os sintomas mais frequentes durante uma
crise de asma são a tosse, o chiado na expiração, a falta de ar e a sensação de
aperto ou opressão no peito, podendo variar de intensidade conforme cada caso. É
comum um quadro de asma ter início com crises leves, de pouca duração, que cedem
facilmente. A cada inverno, no entanto, os ataques podem tornar-se mais intensos
e demorados, até se tornarem contínuos. Existem tratamentos que podem ser
aplicados no momento da crise e outros como preventivos, podendo também ser
combinados. Os medicamentos disponíveis são bronco dilatadores e
anti-inflamatórios ou corticosteróides, além de outras abordagens não
medicamentosas. Embora o ataque não seja muito intenso se tratado adequadamente,
existem casos em que a crise pode ser fatal, especialmente em pacientes
cardíacos e grávidas.
BRONQUITE
A
BRONQUITE é facilmente confundida com a asma. é uma inflamação dos brônquios e
bronquíolos, que provoca um inchaço na mucosa e dificulta a passagem do ar. Em
decorrência disso, produz-se o chiado à inspiração e expiração características
da doença. A tosse e a produção crônica de secreção são marcantes. As origens da
bronquite podem variar desde as mais comuns, como a gripe, até o cigarro, a
poluição e a inalação de gases tóxicos. Nas crianças, que ainda não
desenvolveram um sistema imunológico satisfatório, as crises de bronquite
geralmente surgem uma atrás da outra, mas o problema agrava-se quando o processo
inflamatório fica crônico. A chamada bronquite crônica caracteriza-se por
expectoração em pelo menos três meses por ano, em dois anos
consecutivos.
PNEUMONIA
A
PNEUMONIA tem origem a partir de infecções virais, bacterianas ou alérgicas.
Quase metade dos quadros de pneumonia é causada por vírus. A maior parte deles
ataca o aparelho respiratório superior e suas vítimas preferidas são as
crianças. Os pulmões sofrem um processo inflamatório e o espaço ocupado pelo ar
é preenchido por líquido e pus. Assim, o oxigênio encontra dificuldade em
atingir o sangue e, dependendo da gravidade, a pneumonia pode ocasionar a falta
de ar. Dentre os sintomas mais comuns estão a febre alta, a tosse com fortes
dores no peito, catarro e dificuldades para respirar.
RINITE
ALÉRGICA
A
RINITE ALÉRGICA normalmente é causada após o contato com poeira, mofo, cheiros
fortes, produtos químicos, cigarro, mudanças de temperatura e umidade. O quadro
de rinite tem evolução crônica, com períodos de melhora e piora. Os sintomas vão
desde coriza, espirros, coceira no nariz até obstrução nasal. O tratamento da
rinite pode ser feito com soro fisiológico, antialérgicos, corticosteróides
nasais e controle dos fatores ambientais que desencadeiam as crises
alérgicas.
SINUSITE
É a inflamação ou infecção dos seios da face, as
cavidades que ficam no interior dos ossos, ao redor do nariz, da maçã do rosto e
dos olhos. Como ela sempre vem acompanhada de uma rinite, os especialistas
chamam de rinossinusite. O processo infeccioso pode ser desencadeado por
diversos fatores, como alergia, fungos, vírus e bactérias. Cerca de 95% dos
casos de sinusite bacteriana surgem depois de uma gripe, muito comum neste
período do ano. Vale lembrar que pacientes com desvio de septo, pólipos nasais
ou qualquer alteração que impeça a ventilação dos seios da face são fortes
candidatos à sinusite.
Obstrução nasal, dor de cabeça, dor no rosto, coriza,
tosse, alteração ou ausência do olfato. Sintomas menos óbvios, como rouquidão e
tontura, também podem estar associados à
doença.
O tratamento varia de acordo com a origem. Para afastar
uma sinusite alérgica, por exemplo, não adianta investir em remédios se o
paciente continuar exposto aos fatores que causam a alergia. No caso da viral, é
possível amenizar os sintomas com antigripais e descongestionantes – sempre com
prescrição médica – até que o vírus saia do corpo. Já a bacteriana costuma ser
tratada com antibióticos. Inalação e lavagem do nariz com soro ajudam a aliviar
o incômodo
Quem
sofre de sinusite crônica deve tomar cuidados como beber bastante líquido para
se manter hidratado – isso deixa o muco menos denso, o que facilita sua
eliminação. Evitar cigarro e ambientes muito poluídos também protege a mucosa
contra inflamações. As vacinas antipneumocócicas ajudam a combater um dos tipos
de bactéria que podem causar a sinusite, os pneumococos.
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