O que não
mata, engorda, diziam nossas mães. Ou nós mesmos, quando queremos comer o
salgadinho que caiu no chão. O problema é que algumas coisas não só engordam (e
muito), como também podem matar aos poucos.
Mas não
precisa ficar desesperado. Isso que não quer dizer que não podemos mais comer
aquela porção de batata frita ou aquele docinho na sobremesa. “Nada é proibido,
mas esses alimentos devem ser consumidos com menor frequência. Uma medida
razoável é incluir um deles no cardápio uma vez por semana.
Mas só um
deles. Comer cachorro-quente com batata frita, por exemplo, nunca”, explica
Flavia Morais, coordenadora do departamento de nutrição da rede de produtos
naturais Mundo Verde. A dica dela é olhar o rótulo do produto para checar seus
ingredientes. E fique atento: o primeiro item da lista de ingredientes,
geralmente, é o que está presente em maior quantidade na comida. Portanto, se
açúcar ou gordura estiverem no topo da lista na embalagem, talvez seja melhor
procurar uma opção mais saudável.
Com a
ajuda de nutricionistas, listamos os 10 tipos de alimentos mais prejudiciais à
saúde. Cuidado com eles!
1-
Refeições prontas congeladas
Você
chega em casa morrendo de fome e está cansado demais para cozinhar algo. Então,
olha para o microondas, lembra-se da lasanha congelada que tem no freezer e
bendiz essa tecnologia linda que facilita a sua vida. Mas é bom não se empolgar
tanto.
Esse tipo
de alimento semi-pronto é rico em gordura saturada, que faz subir os níveis do
colesterol ruim e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. “Tais
refeições também são ricas em sódio que, em excesso, pode ocasionar aumento da
pressão arterial”, afirma a nutricionista Thais Souza. Resolveu trocar pela
pizza? Não adianta. O risco é, basicamente, o mesmo.
2-
Embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, presunto,
salame)
Ok, você
não é adepto dos congelados, mas adora um lanchinho de mortadela. Ou um
cachorro-quente. Sentimos informar, mas você não está em uma situação melhor,
não. “Esses alimentos à base de carne, conhecidos como embutidos, foram
inventados para facilitar as preparações e aumentar o prazo de validade do
alimento. O problema é que eles possuem maior teor de gordura saturada em
relação à carne natural”, explica Thais Souza.
Esse tipo
de gordura, encontrado principalmente em produtos de origem animal, traz riscos
à saúde quando ingerido em excesso, pois estimula o aumento dos níveis de
colesterol e o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os
embutidos também contêm excesso de sódio – o que pode provocar pressão alta – e
corantes – que podem causar alergias e problemas no estômago. Por fim, ainda há
ali muitos conservantes, como o nitrito e o nitrato. No nosso organismo, eles
são convertidos em substâncias potencialmente cancerígenas.
3- Caldos
e temperos industrializados
Decidiu
cozinhar? Bom para você. Mas vai aqui outra dica: faça seu próprio tempero e
esqueça os industrializados. Eles possuem altos teores de sódio e glutamato
monossódico. O sódio, se consumido além dos limites diários recomendados, pode
levar ao desenvolvimento da hipertensão ou piorar o problema se ele já existe. O
problema do glutamato é ainda pior: estudos têm mostrado que o nosso organismo o
utiliza como um transmissor de impulsos nervosos no cérebro e seu consumo tem
sido associado com dificuldades de aprendizado, Mal de Alzheimer, Parkinson e
câncer.
4-
Biscoito recheado
Essas
pequenas tentações com recheio de chocolate, morango ou o que for são
inseparáveis de tardes ociosas na frente da televisão assistindo a algum filme
sobre uma galera do barulho aprontando altas confusões. “Carregadas com
açúcares, essas pequenas guloseimas possuem densidade energética assustadora”,
diz o nutricionista Rafael Moreira Claro, Pesquisador do Departamento de
Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Além do
excesso de açúcar, os biscoitos recheados ainda contêm muita gordura saturada, o
que favorece o aumento do LDL (o “colesterol ruim”) e a diminuição do HDL,
considerado o “colesterol bom”. O desequilíbrio nas taxas de colesterol é fator
de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares graves. E, para
completar, os aditivos usados para dar cor a essas bolachas também são
prejudiciais à saúde e estão associados à hiperatividade e déficit de
atenção.
5-
Salgadinhos
É isso
mesmo. Outra delícia perigosa que adoramos consumir em momentos de ócio. Os
salgadinhos também são fontes de glutamato monossódico, aquele sal sódico que
cria um sabor mais encorpado ao produto. Mas você já viu lá no item 3 do que
esse composto é capaz.
6-
Refrigerantes
“Além de
possuir muitas substâncias artificiais em sua composição, o refrigerante contém
valor nutricional quase nulo”, afirma Thais. As variações cola, em especial, têm
uma grande quantidade de fosfatos, que em excesso provocam a liberação do cálcio
e o consequente enfraquecimento dos ossos, facilitando a incidência de doenças
como a osteoporose. “Além de ser rica em açúcar, a bebida tem a capacidade de
enganar os sistemas orgânicos relacionados ao controle das calorias ingeridas,
apresentando íntima relação com o ganho excessivo de peso e a obesidade”,
acrescenta Rafael Claro.
E, a
menos que você seja diabético, não adianta tentar os diet – eles são ainda
piores! “Refrigerantes contêm muitas substâncias químicas, mas pelo menos são
feitos com açúcar, que é algo que o corpo reconhece e pode digerir. Já os
refrigerantes diet, além de todas essas substâncias, ainda contêm aspartame como
adoçante. Sua metabolização gera metanol, substância tóxica para os neurônios
que, em excesso, provoca degeneração neural e está relacionada a doenças como
mal de Alzheimer”, explica Flavia Morais.
Carlos
Gouvêa, presidente da Associação Brasileira da Indústria Brasileira para Fins
Especiais e Gongêneres, discorda. Para ele, o resíduo de metanol que resulta da
metabolização do aspartame não é o suficiente para fazer mal à saúde. “Mesmo com
a ingestão do aspartame na dosagem máxima diária recomendada, estamos falando de
uma dose 200 vezes inferior à considerada tóxica para o ser
humano.
Apenas
10% em massa do aspartame (que já é usado em quantidade 200 vezes menor que o
açúcar) resulta em metanol no intestino delgado”, diz Gouvêa. E completa: “Os
adoçantes aprovados pela ANVISA para uso em bebidas no Brasil tiveram sua
segurança confirmada por órgãos internacionais de referência no assunto e sua
recomendação de uso não se limita a diabéticos mas a qualquer um que queira
controlar a quantidade de açúcar ingerida.”.
7-
Frituras
Mesmo que
você use óleo vegetal de boa qualidade para fritar suas batatas ou bife, comer
alimentos fritos faz mal. A fritura faz com que ocorram alterações químicas no
óleo utilizado, deixando de ser uma fonte de gordura insaturada (no caso dos
óleos vegetais), fundamental para nossa saúde, e dando lugar à gordura saturada,
que em excesso pode causar diversas doenças. Esse processo pode também promover
a formação da gordura trans, que está diretamente relacionada ao aumento de
doenças cardiovasculares e à piora do quadro de saúde de uma maneira geral. Além
disso, o calor extremo estraga a estrutura química da molécula de gordura,
produzindo uma substância potencialmente cancerígena chamada
acroleína.
8-
Churrasco
Ok,
fritar é ruim. Mas tome cuidado quando decidir fazer um churrasco também. Nesse
caso, o problema está no processo de preparação, e não com o alimento: segundo a
nutricionista Thais, a fumaça do carvão libera alcatrão e hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos, substâncias com alto potencial
cancerígeno.
9-
Margarina
De novo,
o colesterol. A maior parte das margarinas é feita com óleos vegetais líquidos
hidrogenados – que são gordura trans. Essas gorduras não são reconhecidas pelo
organismo, que não o metaboliza. Isso provoca acumulação de gordura na região
abdominal e promove o aumento dos níveis de colesterol ruim e do risco de
desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
10-
Açúcar
“O
açúcar, em especial o refinado, é 100% caloria, sem valor nutricional”, afirma a
nutricionista Thais. Sim, ele torna a vida e os alimentos mais doces e tudo
mais. Mas, quando consumido em excesso, é armazenado em nosso corpo sob a forma
de triglicérides, aumentando o risco do desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. Além disso, por ser calórico, pode levar à obesidade e, com
ela, aumentar o risco de diabetes, hipertensão e dislipidemias.
Segundo
os nutricionistas, tanto a sacarose (açúcar de mesa) quanto os açúcares de uso
industrial estão relacionados à má qualidade da saúde. Então, já viu: nada de
adoçar demais o cafezinho.
Fonte: SuperAbril
Nenhum comentário:
Postar um comentário