
Não
poderia jamais reclamar da minha infância, foi sublime, repleta de fantasias, de
brincadeiras, de histórias, de pinturas, de amigos imaginários, de músicas
infantis… e repleta de trevos,− uma planta que floresce na primavera e no verão,
é conhecida como trevo de quatro folhas, mas os delicados trevos geralmente têm
apenas três folhas, e encontrar um trevo com quatro folhas… Ora… é
sorte!
Lembro
que eu devia ter quatro anos de idade e tinha uma colega de pré-escola que
morava em um prédio ao lado da minha casa. Na entrada do prédio, havia um
canteiro repleto de trevos e quando minha mãe me levava para visitá-la era
sempre uma briga: “Menina esquece esses trevos!!!” (risos) Sim, eu queria
encontrar o trevo da sorte.
Há uma
música encantadora da Fernanda Takai cuja letra diz: Vivo esperando e
procurando/ Um trevo no meu jardim/ Quatro folhinhas nascidas ao léu/ Me
levariam pertinho do céu/ Feliz eu seria e o trevo faria/ Que ela voltasse pra
mim/ Vivo esperando e procurando/ Um trevo no meu
jardim.
Não
consigo lembrar se algum dia encontrei o tal trevo com as quatro folhas e, de
repente foi como se a modernidade das grandes metrópoles engolisse os belos
canteiros e extinguisse ainda mais os amuletos de boa
sorte.
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