domingo, 22 de julho de 2012

Vivemos muito rápido

Vivemos muito rápido, porém aprendemos bem devagar. Através dos sonhos criamos um par de asas invisíveis que nos dão à capacidade de voar, voar, voar. Há quem viva apenas com o que seus olhos vêem, suas mãos possam tocar, sua pele consiga sentir, seus ouvidos possam ouvir e sua boca possa falar. São pessoas sem imaginação, pois é no pensar e na reflexão que as coisas existem de fato. Na cabeça da gente é um outro mundo, é o lado de dentro do espelho. É o avesso da realidade, é o que mora dentro da gente. Posso não ter um morango agora, mas ah que gostoso pensar no morango, lembrar do seu gosto, imaginá-lo na minha boca e mesmo sentir o seu cheiro, o cérebro é poderoso, imagine você que ele é capaz de tornar grávida uma mulher sem que ela esteja gestando um filho, é gravidez psicológica. Imagine do que a imaginação é capaz. O sonho é o princípio ativo da vida. Estamos acostumados demais com números: “Quantos anos você tem?”, “Quanto você pesa?”, “Qual é a sua altura?”, “quanto você ganha?”. Em se tratando de dinheiro quanto maior o número melhor, na questão da idade para a gente miúda quanto mais, melhor, pra gente grande quanto menos, melhor, em altura para todos quanto mais, melhor...vivemos a cultura dos números, por isso tanta gente muito bonita por fora fica tão feia por dentro.Com essa preocupação alucinada com os números e o tempo que não para nunca, fica mesmo difícil de imaginar alguma coisa. A sociedade é toda baseada no consumo, o país cresce quando o consumo é maior, e um dos motivos do crescimento do seu PIB é porque as pessoas consomem mais. E a possibilidade de consumir torna as pessoas cada vez mais ambiciosas e capazes de qualquer coisa para realizar seus desejos, até matar. O marketing hoje em dia é fantástico, mas é fruto da imaginação dos publicitários que bolam campanhas infalíveis que entram na mente da gente e vão ficando lá escondidas. Vivemos muito rápido, porém morremos devagar. É bonito de se ler “Aproveite cada segundo como se fosse o último.” Saber da iminência da morte nem sempre torna as pessoas mais atentas quanto as minúcias da sua vida. É lindo de se escutar “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Mas amar sozinho é como uma rua sem saída, é uma ponte que vai dar no meio do rio e não te permite atravessá-lo. Agora quando você ama e é amado em retribuição (sem pensar na utopia que será na mesma medida porque isso é impossível) realmente não existe amanhã, todos os dias serão sempre hoje!!! (Desconheço a autoria)

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