No
programa “Mais Você” da Rede Globo, quarta-feira (10/11), a apresentadora Ana
Maria Braga conversou com uma menina de 14 anos que foi atingida no rosto por
lâmina de apontador, causando profundas marcas que, com certeza, não carregam
apenas dor física, mas um retalhamento emocional. Ana Maria questionou o fato do
por quê alguém coloca vídeos de tanta violência na internet, ao qual a menina
respondeu: “Querem mostrar que ninguém manda na escola, que aqui é perigoso”; ao
qual, a mãe da menina acrescentou: “Você deixa sua filha na escola e, quando
volta, vê a mesma com o rosto cheio de sangue – é uma cena de
terror!”.
Na
entrevista, também foi questionado um desembargador, o qual afirmou: “A Justiça
vai pensar que medida socioeducativas vão ser tomadas”. Diante de uma situação
que se repete todos os dias, será que já não deveria ser tomada alguma
iniciativa? Quem sabe não só de punição efetiva, mas um trabalho que envolvesse
a discussão de tema como esse com os jovens, crianças e até os pais de
agressores e vítimas.
Além
disso, precisamos também de um trabalho restaurativo, ou seja, as escolas
precisam de uma equipe técnica efetiva, atuante e profissional. Falo de
atendimento ao aluno qualificado. Não apenas um atendimento que venha a tomar
medidas paliativas, mas que coloque o aluno agressor sob pena de sua
responsabilidade, que o faça conhecedor do mal que causou e incentive sua
mudança.
Pode
ser que em nosso município ainda não se tenha casos como esse. Não vamos esperar
acontecer um primeiro para agirmos. A violência escolar acontece de forma
mascarada, sem deixar pistas, muitas vezes escondida por quem à sofreu e, com
medo de uma futura agressão, passe sem denúncia.
Converse
com seus filhos sobre essas questões. Você professor, converse com sua turma
sobre isso. Proponha trabalhos coletivos, pesquisas, representações, músicas.
Pesquise em sua comunidade o que as lideranças pensam sobre o
proposto.
Vamos
acabar com a violência escolar, antes mesmo de sermos vítimas
dela!
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