Os
Baby Boomers: A geração da TV (1946/1964)
Os
Baby Boomers compreendem os nascidos entre os anos de 1946 e
1964.
O termo "Baby Boomer" é usado como referência aos “filhos” do baby boom,
explosão demográfica pós-Segunda Guerra Mundial, que ocorreu em maior escala nos
Estados Unidos, Canadá e Austrália.
Mais do que uma
explosão demográfica, essa foi uma transformação cultural. A ascensão da
televisão moldou o comportamento desses jovens, visto que ela servia como
mensageira e mobilizadora, e ainda retratava a juventude como um grande
acontecimento. Essa geração participou da revolução dos anos 1960, o que mudou
não só o papel das mulheres na sociedade, mas também o papel dos jovens. Eles
desenvolveram sua própria cultura, pelo fato de existir um grande abismo entre
eles e seus pais. Devido a isso, criaram seu estilo de vida próprio e tinham a
televisão como principal ferramenta de comunicação.
Dessa geração
surgiram os ideais de liberdade, o feminismo e os movimentos civis a favor dos
negros e homossexuais. O comportamento hippie também surgiu nessa época e junto
a ele, protestos contra a Guerra Fria e a Guerra do Vietnã. No Brasil, a geração
foi marcada pelos festivais de música, que eram uma forma de expressão
político-ideológica dos jovens diante da repressão e censura da ditadura
militar.
Geração X: O início
da internet. Os bebês dos anos 1965/1979
Nos
Estados Unidos, o termo Geração X foi, inicialmente, referido ao período do
"baby bust", ou seja, a geração pós-baby boom, quando as famílias começaram a
ter menos filhos por casal. No Reino Unido, o termo foi utilizado primeiramente
em 1964, em um estudo sobre a juventude britânica, que revelou uma geração de
adolescentes com hábitos e preocupações diferentes das gerações anteriores. Eram
jovens que dormiam juntos antes que estivessem casados, não acreditavam em Deus,
não gostavam da Rainha e não respeitavam os pais.
Essa
geração viveu em uma sociedade onde havia descrença no governo, falta de
confiança na liderança, apatia política, aumento do divórcio e do número de mães
que transformaram a maneira de se relacionar com a sociedade. Foi a partir dessa
geração que surgiram as preocupações com a destruição ambiental e as questões
ecológicas. Este foi o início da internet e o fim da Guerra Fria, outra
característica cultural marcante da Geração X.
Geração
Y: Os nascidos entre os anos 1980 e 1995
Chamados
de Geração Y, estes jovens nascidos entre as décadas de 80 e 90 têm
características muito especiais, pois foram os únicos que acompanharam a
revolução tecnológica desde pequenos. Eles se conectaram desde cedo com o mundo
digital e aprenderam na raça como incorporar em seu cotidiano as novas
tecnologias, conseguindo, assim, desenvolver competências diferentes das
gerações anteriores: a Baby Boomers e Geração X.
Durante
os anos 90, as tecnologias criadas na década de 80 foram aperfeiçoadas e
popularizadas, entre elas, o computador, a internet e o telefone celular. A
internet passou a ser uma nova mídia e conceito que mudou todo o comportamento
das pessoas, em especial destes jovens. A internet trouxe um mundo de infinitas
possibilidades, sendo uma ferramenta muito útil para explorar diversos assuntos
e, consequentemente, permitindo que eles desenvolvessem ainda mais a curiosidade
e capacidade para mexer com estas tecnologias.
Aliás,
isso também possibilitou o desenvolvimento da independência, já que eles podiam
achar as respostas para suas dúvidas facilmente, rapidamente e, principalmente,
sozinhos. Portanto, eles estão se tornando uma geração mais crítica, pois
possuem ferramentas para questionar, desafiar e discordar. Não aceitam
explicações simples e óbvias. A internet permite debates em tempo real com
pessoas de diferentes lugares e idades por meio de bate-papos e fóruns, o que os
torna jovens mais questionadores e prontos para mudar o que julgam não estar
certo. O lado negativo desse ambiente online é que os jovens podem perder suas
habilidades sociais.
Com o
ritmo acelerado da tecnologia, eles se tornaram especialistas na realização de
multitarefas, além de serem efêmeros, imediatistas e bem informados, mesmo que
com certa superficialidade e um comportamento alienado ou mesmo despreocupado em
relação aos problemas sociais e ideológicos. Apesar disso, essa ainda é uma
geração curiosa, empreendedora, flexível, colaboradora, que concebe bem a
necessidade e o momento em que vivemos de troca de informações e partilhas de
vivências e conhecimentos.
Para cada
grupo particular, esses jovens receberam um nome. Dessa forma, não existe ainda
um termo generalizado. O nome Geração Y, por exemplo, originou-se como sucessor
da Geração X, termo criado para designar os nascidos entre a década de 60 e
70.
Geração
Z: Os Nascidos
a partir de 2000
A
Geração
daqueles que nasceram sob o advento da internet e do boom tecnológico.
São
jovens críticos, impacientes, dinâmicos e lidam com a constante mudança de
opinião diante de fatos e acontecimentos.
Esses jovens também funcionam a curto prazo e buscam experimentação precoce das
coisas.
Alguns fatores
diferenciam claramente os “Zs” das outras gerações. Em primeiro lugar, eles não vislumbram uma carreira
profissional, nem gastam muito de seu tempo com estudos. Há
teóricos mais radicais que chegam a afirmar que, em 2020, haverá escassez de
médicos e cientistas (será?). Outra característica é a facilidade que têm de operar qualquer instrumento
tecnológico. Isso porque eles nunca conceberam o mundo sem
computador, chats e telefones celulares. E assim, diferentemente de seus pais,
eles não se incomodam em navegar na internet, falar ao telefone e ouvir música,
tudo ao mesmo tempo.
Essas diferenças os
tornam mais avançados em relação à tecnologia e a novos conceitos, mas também os
transformam em egocêntricos, que se
preocupam só consigo mesmo na maioria das vezes. E, por isso
mesmo, eles estão preocupados com uma questão específica: a da sustentabilidade.
Mas não por se preocuparem com o futuro do planeta, mas porque avaliam as
condições dos próximos anos para si mesmos. Ao receberem um benefício, os “Zs” o
analisam de maneira diferente, colocando no topo de prioridades seus interesses
pessoais e não um valor agregado. Seguindo esse raciocínio, a
geração Z não gosta de resolver problemas com a ajuda dos
outros, preferindo resolvê-los por si
mesmos.
Fato consumado é
que em cerca de dois anos o mercado de trabalho já vai agregar a geração Z e
suas aspirações. Isso significa mudança e inovação de questões relacionadas a
liderança, motivação e, principalmente, ao ambiente
organizacional. A hierarquia vertical, por exemplo, não é bem
vista por esses garotos, que podem facilmente conversar com o chefe como se
falasse com o subalterno, apesar de identificar que o outro tem mais poder do
que ele. Outra tendência refere-se à predileção por trabalhar em casa, na qual
prevalece a comodidade, o recuo em relação ao trabalho em equipe e
principalmente a questão individual, de trabalhar
sozinho.
Outra
característica marcante da Geração Z são problemas de interação social. Muitos
deles sofrem com a falta de expressividade na comunicação verbal, o que acaba
por causar diversos problemas principalmente com a Geração Y, anterior a sua.
Essa Geração também é marcada pela ausência da capacidade de ser
ouvinte.
A Geração Z é um
tanto quanto desconfiada quando o assunto é carreira de sucesso e estudos
formais, pois para eles isso é um tanto quanto vago e distante. Segundo
especialistas, poderá haver uma “escassez” de médicos e cientistas no mundo
pós-2020.
Enfim, essa geração –
chamada também de Geração Silenciosa, talvez pelo fato de estarem sempre de
fones de ouvido (seja em ônibus, universidades, em casa...), escutarem pouco e
falarem menos ainda – pode ser definida como aquela que tende ao egocentrismo,
preocupando-se somente consigo mesmo na maioria das
vezes.
COMO POSSO ESTÁ DESENVOLVENDO EM SALA DE AULA ESTE ASSUNTO ?
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