Em uma conversa de bar com uma amiga ontem, disse que trazemos em nosso DNA um monte de instruções pré-definidas que podemos seguir ou não. Não estudei pra dizer isso, e foi minha observação da vida que me ajudou, por exemplo, que em determinado momento todos somos puros e leves, em outro ficamos mais observadores, e mais tarde nossas instruções nos levam a procurar alguém.
Vou dizer novamente: Não estudei pra dizer isso, e posso estar dizendo um monte de bobagens, o que não vai me impedir de continuar dizendo outras.
Consciente e inconscientemente também emitimos sinais ao longo de nossa vida. Alguns hábitos servem para chamar a atenção do que – ou quem – procuramos. Acho que como o pavão que abre a cauda para impressionar a fêmea, os pássaros com suas cantorias, enfim, emitimos sons e praticamos algumas atitudes que servem como marca do que somos e buscamos.
Pessoas que curtem muito futebol, por exemplo, têm o costume de usar a camisa de seus times para se identificarem com seus grupos. Pessoas que gostam de trilhas costumam colar adesivos em seus veículos off-road para mostrarem seu hobby. E por aí vai.
Também praticamos a emissão de sinais para atrair pessoas, por exemplo, com a roupa que usamos, a música que ouvimos e os lugares – ou sites – que frequentamos. Então, nossos hábitos costumam atrair pessoas que possuem algumas afinidades e praticam os mesmos atos.
Talvez, o que ninguém observe muito bem por negligência, prazer ou omissão é que emitimos alguns sinais e acabamos atraindo pessoas erradas. Talvez o exemplo mais fácil de entender seja um torcedor do Corinthians vestido com a blusa do seu time procurando amigos na torcida do Palmeiras. Isso chega a ser desastroso.
Então, não dá pra você se vestir de roupa sensual para atrair pessoas que busquem conteúdo. Não dá pra você buscar alguém que preste atenção ao que você diz no meio de uma pista com música alta de uma danceteria. Você talvez não encontre alguém para fazer sexo sem compromisso entre os frequentadores assíduos de uma Igreja. Mas se você acha que dá e que tudo isso é um tremendo preconceito – e talvez até machismo -, pode passar para o próximo texto. Senão, continue…
Nossa grande dificuldade tem sido encontrar o que realmente buscamos porque esquecemos de nossas prioridades e deixamos que nossos desejos efêmeros se sobreponham aos nossos sonhos de uma vida inteira. Sabemos o que é bom, o que combina conosco e os projetos que carregamos, mas cedemos para pequenas doses diárias de sutis prazeres que nos tiram do nosso caminho. São pequenos atalhos que nos reconfortam mas nos tiram o foco – temporária, ou por vezes, definitivamente.
Não acho que a vida seja feita de manuais que têm que ser seguidos à risca, como também não possamos nos permitir conhecer a diversidade que existe além dos nossos sonhos. Muito do que vem escrito em nosso DNA trazemos de nossos pais, de nossa educação, de outras épocas, e talvez nossos anseios sejam diferentes: Não buscamos um casamento permanente, uma casa no campo, uma única família com filhos de um mesmo casal e um cachorro no quintal.
Antes de mais nada, devemos entender o que nos preenche. Depois emitir os sinais corretos. O que eu busco? O que me preenche? Quais sinais emito? Meu DNA me manda escrever porque um dia vou encontrar você. E você, o que anda emitindo pela vida?!?
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