segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Rinite alérgica _ Na primavera, cuidado!

Pode ser definida por uma inflamação na parte interna do nariz. O diagnóstico é obtido através de exame clínico, pelo médico. A rinite alérgica pode ocorrer em qualquer idade, mas em geral aparece na época da adolescência, principalmente entre 12 e 15 anos de idade. Os sintomas são de obstrução nasal, coriza em geral aquosa, e espirros, normalmente em cadeia. Às vezes a pessoa dá mais de 10 espirros de uma só vez! Também é comum apresentar coceira nas asas do nariz, ou mesmo no céu da boca. Algumas pessoas têm "coceira" na garganta, acompanhada de irritação, além de vermelhidão e lacrimejamento nos olhos. A pessoa também pode apresentar a sensação de ouvido entupido, devido ao acúmulo de secreção nas trompas de Eustáquio, que são pequenos tubos que ligam as vias nasais com o ouvido. Outras manifestações da rinite alérgica são as dores de cabeça e queixa de fadiga, pois muitas vezes a pessoa não consegue dormir bem devido à obstrução nasal. Existem dois tipos de rinite alérgica: a sazonal e a perene. A sazonal é aquela que varia conforme a estação do ano. Assim sendo, pessoas alérgicas ao polem vão apresentar os sintomas de rinite na primavera. Se a pessoa tem alergia de mofo, em geral vai apresentar os sintomas no inverno, quando o tempo é mais frio e úmido. Já a alergia perene é aquela que dura o tempo todo, sem relação com a estação do ano, como aquela causada por poeira domiciliar, que pode atacar o ano todo. A rinite apresenta uma forte relação com sinusite. Sinusite é a inflamação das pequenas cavidades que temos nos ossos do rosto. Existem várias causas de sinusite, mas a sinusite causada por rinite alérgica é muito freqüente, por volta de 70% dos casos. O que acontece é que, quando a pessoa tem rinite, há uma produção exagerada de secreção e essa secreção acaba se acumulando nos seios da face, provocando os sintomas de dor de cabeça, que pode ser na região da testa ou atrás dos olhos, conforme o seio da face que for acometido. A dor de cabeça é pior principalmente pela manhã, quando a pessoa se levanta. Um fator que contribui para a piora da rinite alérgica é sem dúvida a poluição do ar. A melhor maneira de se fazer o diagnóstico de rinite alérgica sazonal é através da história do paciente e o exame físico feito pelo médico. É importante fazer um bom exame físico para se eliminar outras causas de rinite, como obstruções nasais causadas por pólipos, desvio de septo ou infecções nasais. Também é preciso fazer distinção entre resfriados e rinites alérgicas. Em geral o resfriado dura poucos dias, já a rinite dura vários dias, até mesmo meses. Outra diferença é que a mucosa que reveste o nariz em geral se apresenta pálida e acinzentada na alergia e as secreções são bem aquosas e claras. Um achado muito comum nas rinites é a presença de células chamadas eosinófilos ao exame das secreções nasais da pessoa alérgica. Para saber realmente qual é o tipo de substância que está provocando a alergia, é necessário fazer um teste alérgico. Normalmente são injetados na pele da pessoa os possíveis alergenos e depois irá se notar se houve reação a algum deles. Uma maneira mais precisa é a dosagem de anticorpos IgE no sangue, para cada tipo de alergeno diferente. Para os casos mais graves de rinite, que não melhoram com os antihistamínicos e descongestionantes, são usados medicamentos mais fortes, à base de corticoides, que devem ser prescritos pelo médico. Como esses medicamentos causam certos efeitos colaterais, eles devem ser cuidadosamente controlados pelo médico. Uma outra forma de tratamento são as vacinas antialérgicas. Em geral são dadas 2 vezes por semana, por vários meses. As doses vão sendo aumentadas, até que a pessoa se torne dessensibilizada pelo agente que a causa alergia. Sem dúvida nenhuma, um dos fatores que precisam ser evitados é aquele gerado pelo ambiente. Se a pessoa sabe que tem alergia a determinado alergeno, procure não se expor a ele. O uso de ar condicionado com filtros ajuda a manter um ar livre de pólem e esporos do ar, que muitas vezes são os responsáveis pela alergia. Não se esqueça: procure seu médico!

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