quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Big Brother Brasil e a precariedade de valores

A história de um povo entra em decadência quando o mesmo perde o senso sobre os valores morais. Valor moral é a medida equilibrada do certo e do errado. No entanto, com a perca dos valores morais, uma sociedade torna-se incapaz de decidir sobre aquilo que lhe parece ser bom ou mau para sua existência. Nesse sentido, recebi essa semana (acredito que muitos dos leitores também) um e-mail em que colocava a postura do escritor Luiz Fernando Veríssimo sobre o Big Brother Brasil 14, reality show apresentado pela Globo e na interlocução Pedro Bial.
Luiz Fernando Veríssimo aponta, entre outros aspectos, a precarização dos valores morais como ponto que define o BBB 14 como uma síntese do que há de pior na televisão brasileira. A exposição desmedida de uma linguagem chula, desenhada em um cenário de sexo ‘quase’ explícito, e por cima, uma nomenclatura fajuta de “heróis” para aqueles que vivem na casa são pontos a serem discutidos.
Como educadora, me vejo na obrigação de refletir sobre a necessidade da retomada de alguns valores morais que, no passado foram, e continuam sendo importantes para a convivência social sadia. Não quero repreender a visão liberal daqueles que pensam que deve-se falar sobre sexo, não… não é isso. Falar sobre sexo em uma conjuntura mais global, envolve falar de sexualidade; ou seja, apontar para a questão como um todo e não apenas referenciar o ato genital, que muitas vezes falado no reality show, é extremamente momentâneo.
A exposição de uma linguagem vulnerável e insignificante, pode remeter à população à uma vulnerabilidade de leitura, informação, criticidade, etc., retomando assim, cada vez mais, um estado de vida selvagem, animalesco.
Educar-se é o que precisamos! A televisão deveria ser mais um meio de transmissão da cultura sadia e dos bons costumes que ainda temos. A televisão deveria auxiliar na solução de conflitos sociais, na luta por condições mais dignas de saúde, educação, política, cultura, etc., mas o que faz? Vende! Custe o que custar, o interessante é vender! Mesmo que para isso, seja necessário idolatrar alguns valores em detrimento de outros.
Valorizar a vida na sua plenitude é mais que apontar questões como ‘sexo’ como centro de um jogo. Valorizar a vida é, segundo a história nos mostra, o cultivo de valores como a participação na política, nas discussões de assuntos que são da comunidade, que beneficiam acima de qualquer ideologia a vida de seu filho, seu neto, ou mesmo, a sua.
Deixe a postura cômoda de lado! Priorize valores que são válidos para toda nossa comunidade. A Educação vai além da Escola! Pense nisso!

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