A
história de um povo entra em decadência quando o mesmo perde o senso sobre os
valores morais. Valor moral é a medida equilibrada do certo e do errado. No
entanto, com a perca dos valores morais, uma sociedade torna-se incapaz de
decidir sobre aquilo que lhe parece ser bom ou mau para sua existência. Nesse
sentido, recebi essa semana (acredito que muitos dos leitores também) um email
em que colocava a postura do escritor Luiz Fernando Veríssimo sobre o Big
Brother Brasil 13, reality show apresentado pela Globo e na interlocução Pedro
Bial.
Luiz
Fernando Veríssimo aponta, entre outros aspectos, a precarização dos valores
morais como ponto que define o BBB 13 como uma síntese do que há de pior na
televisão brasileira. A exposição desmedida de uma linguagem chula, desenhada em
um cenário de sexo ‘quase’ explícito, e por cima, uma nomenclatura fajuta de
“heróis” para aqueles que vivem na casa são pontos a serem
discutidos.
Como
educadora, me vejo na obrigação de refletir sobre a necessidade da retomada de
alguns valores morais que, no passado foram, e continuam sendo importantes para
a convivência social sadia. Não quero repreender a visão liberal daqueles que
pensam que deve-se falar sobre sexo, não… não é isso. Falar sobre sexo em uma
conjuntura mais global, envolve falar de sexualidade; ou seja, apontar para a
questão como um todo e não apenas referenciar o ato genital, que muitas vezes
falado no reality show, é extremamente momentâneo.
A
exposição de uma linguagem vulnerável e insignificante, pode remeter à população
à uma vulnerabilidade de leitura, informação, criticidade, etc., retomando
assim, cada vez mais, um estado de vida selvagem,
animalesco.
Educar-se
é o que precisamos! A televisão deveria ser mais um meio de transmissão da
cultura sadia e dos bons costumes que ainda temos. A televisão deveria auxiliar
na solução de conflitos sociais, na luta por condições mais dignas de saúde,
educação, política, cultura, etc., mas o que faz? Vende! Custe o que custar, o
interessante é vender! Mesmo que para isso, seja necessário idolatrar alguns
valores em detrimento de outros.
Valorizar
a vida na sua plenitude é mais que apontar questões como ‘sexo’ como centro de
um jogo. Valorizar a vida é, segundo a história nos mostra, o cultivo de valores
como a participação na política, nas discussões de assuntos que são da
comunidade, que beneficiam acima de qualquer ideologia a vida de seu filho, seu
neto, ou mesmo, a sua.
Deixe a postura cômoda de
lado! Priorize valores que são válidos para toda nossa comunidade. A Educação
vai além da Escola! Pense nisso!
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