domingo, 20 de janeiro de 2013

Big Brother Brasil e a precariedade de valores


A história de um povo entra em decadência quando o mesmo perde o senso sobre os valores morais. Valor moral é a medida equilibrada do certo e do errado. No entanto, com a perca dos valores morais, uma sociedade torna-se incapaz de decidir sobre aquilo que lhe parece ser bom ou mau para sua existência. Nesse sentido, recebi essa semana (acredito que muitos dos leitores também) um email em que colocava a postura do escritor Luiz Fernando Veríssimo sobre o Big Brother Brasil 13, reality show apresentado pela Globo e na interlocução Pedro Bial.
Luiz Fernando Veríssimo aponta, entre outros aspectos, a precarização dos valores morais como ponto que define o BBB 13 como uma síntese do que há de pior na televisão brasileira. A exposição desmedida de uma linguagem chula, desenhada em um cenário de sexo ‘quase’ explícito, e por cima, uma nomenclatura fajuta de “heróis” para aqueles que vivem na casa são pontos a serem discutidos.
Como educadora, me vejo na obrigação de refletir sobre a necessidade da retomada de alguns valores morais que, no passado foram, e continuam sendo importantes para a convivência social sadia. Não quero repreender a visão liberal daqueles que pensam que deve-se falar sobre sexo, não… não é isso. Falar sobre sexo em uma conjuntura mais global, envolve falar de sexualidade; ou seja, apontar para a questão como um todo e não apenas referenciar o ato genital, que muitas vezes falado no reality show, é extremamente momentâneo.
A exposição de uma linguagem vulnerável e insignificante, pode remeter à população à uma vulnerabilidade de leitura, informação, criticidade, etc., retomando assim, cada vez mais, um estado de vida selvagem, animalesco.
Educar-se é o que precisamos! A televisão deveria ser mais um meio de transmissão da cultura sadia e dos bons costumes que ainda temos. A televisão deveria auxiliar na solução de conflitos sociais, na luta por condições mais dignas de saúde, educação, política, cultura, etc., mas o que faz? Vende! Custe o que custar, o interessante é vender! Mesmo que para isso, seja necessário idolatrar alguns valores em detrimento de outros.
Valorizar a vida na sua plenitude é mais que apontar questões como ‘sexo’ como centro de um jogo. Valorizar a vida é, segundo a história nos mostra, o cultivo de valores como a participação na política, nas discussões de assuntos que são da comunidade, que beneficiam acima de qualquer ideologia a vida de seu filho, seu neto, ou mesmo, a sua.
Deixe a postura cômoda de lado! Priorize valores que são válidos para toda nossa comunidade. A Educação vai além da Escola! Pense nisso!

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